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Saúde

Fadiga mental: como evitar o esgotamento provocado pelo estresse?

Apesar de a sociedade estar cada vez mais competitiva, a fisiologista Débora Garcia alerta para a necessidade de equilíbrio

Redação Folha Vitória
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Foto: Blog Viva +
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Irritabilidade, dificuldades de concentração, insônia, problemas digestivos, desânimo e cansaço em excesso. O estado de fadiga mental, também chamada de estafa, possui sintomas característicos que ultrapassam os limites da mente. Segundo a Associação Internacional do Controle do Estresse (ISMA), o Brasil é o segundo país do mundo no ranking de estresse.

É preciso repensar comportamentos. Entre os hábitos que podem desencadear o estado de esgotamento mental, a fisiologista Débora Garcia destaca jornadas de estudos contínuas e longas, responsabilização por mais tarefas do que o normal e expedientes de trabalho com altas cargas de estresse e cobrança. “Não é apenas o corpo que está sujeito ao esgotamento, a mente também comunica limites”, alerta.

Até os relacionamentos pessoais podem ser afetados, pela frequente mudança de humor, a falta de ânimo e impaciência.

Essa linha tênue entre o estresse do dia a dia e o esgotamento pode ser perigosa. De acordo com a especialista, o estresse costuma evoluir em três fases, sendo a primeira delas a de alerta, quando o corpo começa a demonstrar fraqueza, dificuldade de se concentrar ou problemas para dormir. A segunda fase é a de resistência, onde o indivíduo ignora os sinais de ‘pare’ e continua se excedendo nas responsabilidades. Por fim, o organismo evolui para a fase de exaustão, quando há falta de ânimo e produtividade mesmo para tarefas simples.

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Organizar e administrar uma rotina, reduzir o alto nível de cobrança, se observar no perfeccionismo e aprender a dizer não são fatores que precisar entrar na rotina das pessoas que sofrem com o problema. “Somos constantemente lembrados sobre nossas responsabilidades, mas pouco se fala sobre a necessidade de estabelecer limites. É preciso saber negar trabalho e delegar tarefas. Muitas vezes, optar por comprar um almoço saudável ao invés de se cobrar de cozinhar diariamente já é um ato de compaixão por si mesma”, alerta Débora Garcia.

No contexto de pandemia, onde o cenário gera, naturalmente, comportamentos relacionados ao medo e a cobrança, assim como a perda dos limites entre público (trabalho e responsabilidade) e privado (família, amigos e lazer), os cuidados precisam ser redobrados.

“Estamos muito acostumados e sermos exigidos quanto a excelência, mas com isso acabamos sendo negligentes com os nossos limites. Lazer e descanso também precisam ser prioridades. Não se trata de uma perda de tempo, mas de um ato essencial para a produtividade e a saúde da mente. Precisamos entender que somos seres humanos e que há vários setores na vida, o trabalho é apenas um deles.”, alerta.

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