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Saúde

Covid-19: apesar de novas doses, ritmo de vacinação é preocupante, diz especialista

De acordo com o imunologista, a vacinação em ritmo lento pode conferir ainda mais força ao vírus, o que pode colocar em xeque a eficácia das vacinas

Redação Folha Vitória
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Foto: Agência Brasil/ Tânia Rêgo
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Uma notícia que deveria trazer esperança para a população capixaba, na verdade pode trazer preocupação. A chegada das 48.200 mil doses da Coronavac ao Espírito Santo na madrugada desta quarta-feira (03) é um ponto positivo tanto para quem espera pela segunda dose da imunização, quanto para quem deseja receber a primeira. Apesar da continuidade, o atual ritmo de vacinação não é eficiente e pode trazer ainda mais força ao vírus e consequentemente ampliar os prejuízos no controle da pandemia e na economia.

Um desses cidadãos que esperava ansiosamente a chegada das novas doses é o aposentado Ezrom de Souza, de 90 anos. Ele tomou a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus no início de fevereiro e agora aguarda a imunização completa. O aposentado já se preveniu e agendou a vacinação da segunda dose para a próxima sexta-feira (05).

Distribuição

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De acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) cerca de 14 mil doses, 30% dos imunizantes, serão utilizadas para a segunda explicação em pessoas com 90 anos ou mais e 65% das doses serão destinadas a idosos com idade entre 80 e 84 anos. A vacinação deste grupo vai garantir a imunização de 80% do público pertencente a esta faixa etária.

A nova remessa de imunizantes começou a ser distribuída na tarde desta quarta-feira para os 23 municípios da regional de saúde metropolitana. Na quinta-feira (04) as doses serão enviadas para as demais cidades capixabas.

Um ritmo que preocupa

Junto com as novas doses está a esperança de uma vida melhor, o imunologista Daniel Gomes explica que o atual ritmo de vacinação é lento , fator que concede ao vírus um tempo maior de assumir formas ainda mais resistentes às vacinas e também mais contagiosas.

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"Uma campanha de vacinação lenta, com poucas pessoas sendo vacinadas, a gente imprime uma pressão para mutação do vírus circulante, então, a gente ainda pode favorecer para que o vírus sofra outras mutações e apresente, por exemplo, algumas mutações que façam com que ele fique resistente a própria resposta imunológica proporcionada pela vacina", disse.

Gomes também afirmou que caso essas mutações não sejam controladas é possível que o vírus ganhe mais forças e o mundo passe a ter vírus totalmente diferentes, a ponto de que a vacina não faça mais efeito.

Ainda de acordo com o imunologista, a retomada econômica não poderá ser feita enquanto a maior parte da população não for imunizada, pois enquanto o vírus estiver fora de controle, as autoridades seguem com os protocolos para a restrição de circulação de pessoas e de demais atividades.

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"A gente não vai conseguir ter uma melhora na economia se não tivermos todas as garantias da saúde e vice-versa, porque a melhora da economia vai proporcionar também melhoras no nosso sistema de saúde. Não podemos tratar o problema de modo separado, a gente tem que tratar de modo conjunto, pensar na economia e na saúde e pensar que proporcionar neste momento uma ação em massa é ao mesmo tempo fomentar uma melhora na economia a curto e médio prazo", afirmou.

* Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/RecordTV


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