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Saúde

O mais fatal: você conhece o câncer de mama triplo negativo?

Tipo apresenta taxa de mortalidade alta, entre 30% a 40%. Imunoterapia é o tratamento e chance de cura

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
Câncer de mama triplo-negativo é o mais agressivo e a probabilidade de recorrência é mais precoce. 
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Um assunto recorrente e que deixa as mulheres de todo o mundo sempre em alerta é o câncer de mama. Há poucos meses um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Câncer da Universidade de Nova York descobriu que a imunoterapia pode aumentar a expectativa de vida de mulheres diagnosticadas com um subtipo de câncer de mama muito agressivo, o triplo negativo. A pesquisa foi publicada na revista científica The New England Journal of Medicine.

A médica oncologista do Núcleo Especializado em Oncologia (Neon), Kítia Perciano, que esteve no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO), local onde foi apresentado o primeiro estudo de fase 3 sobre o benefício significativo de imunoterapia em câncer de mama metastático, disse que o câncer de mama triplo negativo é mais frequente em mulheres jovens, que representam 15% de todos os casos de câncer de mama no mundo.

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Esse tipo de câncer apresenta uma taxa de mortalidade muito alta, entre 30% a 40%. A explicação para isso pode ser devido a fato dele não apresentar os três biomarcadores (receptor de estrógeno, receptor de progesterona e proteína HER-2), o que pode dificultar o tratamento. “O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente”, esclareceu a oncologista.  

A especialista explica que o câncer de mama triplo-negativo é o mais agressivo e a probabilidade de recorrência é mais precoce. "Atualmente há carência de opções terapêuticas e ficamos refém da quimioterapia tradicional, ao contrario dos outros subtipos, que temos disponíveis vários medicamentos modernos somados aos tradicionais”.

A médica ainda disse que os homens também podem ser vítimas de câncer de mama, porém a proporção em homens e mulheres é de 1:100 - ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença.

O Estudo

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No Estudo foram analisadas 902 pacientes tratadas em 246 centros médicos de 41 países. Todas as participantes foram diagnosticadas com câncer de mama triplo negativo que havia se tornado metastático - ou seja, começou a se espalhar. Quando isso ocorre, a maioria das pacientes sobrevivem apenas 18 meses.

Durante a pesquisa, metade das mulheres recebeu apenas a quimioterapia, e a outra metade recebeu quimioterapia e imunoterapia. As participantes que receberam os dois tratamentos, a sobrevida média foi de 21,3 meses. Já aquelas que receberam o tratamento só com a quimioterapia tiveram sobrevida de 17,6 meses.

Além disso, os resultados mostraram que mulheres que possuíam o biomarcador conhecido como PD-L1 em suas células cancerígenas tiveram 25 meses de sobrevida, contra 15,5 meses daqueles que não receberam a imunoterapia. Entretanto, os médicos não souberam explicar essa relação.

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Os pesquisadores esperam a aprovação da FDA (Food and Drug Administration) para começarem a utilizar o medicamento responsável pela imunoterapia em pacientes que estão tratando o câncer de mama.

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