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Saúde

Falta apoio psicológico para que pacientes retornem ao mercado de trabalho após o câncer, dizem especialistas

"Várias limitações podem aparecer durante o tratamento e depois dele", diz psicologa

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
Apoio de uma equipe multidisciplinar é fundamental para amenizar os possíveis efeitos do tratamento. 
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Passar pela experiência do câncer é algo que, geralmente, muda a vida das pessoas. Ao finalizar o tratamento, os pacientes que vencem a doença ficam com a sensação de vitória, mas muitas vezes ela vem acompanhada do questionamento “e agora? Como retomo a vida de onde parei?”. A fim de entender as necessidades dos pacientes que vivenciam essa experiência, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) fez uma pesquisa.

“Compreendendo a sobrevivência ao câncer na América Latina: os casos do Brasil” é o tema da pesquisa, apresentada no mês de fevereiro na sede do Inca, no Rio de Janeiro. O estudo apontou a falta de apoio psicológico a familiares e cuidados, transporte e alimentação durante o tratamento e a dificuldade de reinserção no mercado de trabalho como necessidades e experiências enfrentadas pelos pacientes.

A psicóloga Aline Barrada de Assis, do Centro Capixaba de Oncologia (Cecon), unidade do Grupo Oncoclínicas, explica que é difícil generalizar a necessidade de quem passa pela experiência de ter câncer e que várias limitações podem aparecer durante o tratamento e depois dele. Aline reforça a ideia de que é importante escutar como a pessoa entendeu e conviveu com a doença.

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“O apoio de uma equipe multidisciplinar é fundamental para amenizar os possíveis efeitos do tratamento. Por sua vez, a rede familiar, social e espiritual se faz necessária para que a pessoa possa continuar ocupando seus lugares no mundo, já que a vida dela não se resume à doença”, afirma.

Para Aline, o diálogo com a sociedade pode funcionar como desconstrução do estigma do câncer. “Um exemplo de discussão em sociedade é o mercado de trabalho. Além disso, o acompanhamento psicológico é importante para que o paciente possa utilizar estratégias de enfrentamento, sem se perder por causa do diagnóstico e continuar se construindo como sujeito”, finaliza a psicóloga.

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