Entenda o que é metástase cerebral, doença de Glória Maria
A jornalista e ícone da televisão brasileira morreu aos 73 anos. Glória Maria lutava contra um câncer de pulmão que atingiu o cérebro
Morreu na manhã desta quinta-feira (2) a jornalista Glória Maria, aos 73 anos. Glória foi diagnóstica com um câncer de pulmão há quatro anos e, desde então, travava uma luta contra a doença.
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A causa da morte não foi divulgada, mas a jornalista foi internada em janeiro deste ano no Hospital Copa Star para fazer um procedimento já previsto no plano de tratamento.
Informações apuradas pelo R7 apontam que Glória Maria precisou se afastar de seus trabalhos para focar exclusivamente aos cuidados de saúde. Ela contava com o acompanhamento de uma equipe médica em sua própria casa.
O que é metástase e por que atingiu o cérebro de Glória Maria?
Segundo o neurocientista e professor Fabiano de Abreu Agrela, as
"O câncer de pulmão é um dos cânceres com maior probabilidade de se espalhar para o cérebro. Aproximadamente 10% dos pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC) têm metástases cerebrais no diagnóstico inicial e até 40% acabarão desenvolvendo tumores cerebrais durante a doença", explica.
Ainda de acordo com o neurocientista, o câncer de pulmão apresenta características diferentes do câncer cerebral.
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"Diferente do câncer cerebral, que se origina no cérebro e consiste em células cancerígenas cerebrais, as metástases cerebrais do câncer de pulmão ocorrem quando as células cancerígenas se desprendem do tumor nos pulmões e entram na corrente sanguínea ou viajam pelo sistema linfático até o cérebro, onde se multiplicam", disse.
Fabiano de Abreu disse também que conforme os tumores cerebrais metastáticos crescem, eles podem danificar diretamente as células ou afetar o cérebro indiretamente. comprimindo partes dele ou causando inchaço e aumento da pressão dentro do crânio.
Principais sintomas
Os sintomas variam dependendo de onde as metástases estão no cérebro, mas geralmente incluem:
- Dores de cabeça;
- Fadiga;
- Náusea ou vômito;
- Convulsões;
- Visão embaçada;
- Problemas de equilíbrio;
- Perda de sensibilidade ou fraqueza ao longo de um lado do corpo;
- Dificuldade para andar;
- Perda de coordenação (como alcançar a maçaneta da porta e errar);
- Problemas de fala;
- Problemas cognitivos ou perda de memória;
- Mudanças de personalidade ou comportamento.
Como é feito o tratamento
O especialista explicou que o tratamento inclui cirurgia, radiação - terapias sistêmicas, incluindo quimioterapia , terapia direcionada e imunoterapia, os medicamentos viajam pela corrente sanguínea para atingir as células cancerígenas em todo o corpo.
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“Após cirurgia, radiação ou tratamento sistêmico para metástases cerebrais, o médico provavelmente solicitará uma ressonância magnética para determinar quanto do tumor desapareceu e, em seguida, continuará a acompanhar a cada poucos meses com outra ressonância magnética”.
Prognóstico
De acordo com Fabiano, o prognóstico para pessoas com essa doença não é igual para todos os pacientes, portanto, pode variar.
“Por isso é importante ter em mente que as estatísticas não se referem necessariamente à sua situação. Embora as perspectivas fossem ruins para pessoas com NSCLC e metástases cerebrais tradicionalmente, os avanços no tratamento estão melhorando continuamente as taxas de sobrevivência”.
Prevenção e hábitos saudáveis
Manter um rotina saudável, adotar uma alimentação equilibrada, sem produtos industrializados , pobre em açúcares, além de praticar exercícios físicos regularmente são ferramentas fundamentais quando o assunto é prevenção.
Abandonar hábitos nocivos à saúde como tabagismo e o consumo regular de bebidas alcoólicas também contribui para diminuir os riscos de desenvolver cânceres.