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Saúde

Cirurgião plástico esclarece sete mitos e verdades sobre a rinoplastia

Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, mostram que o procedimento é o sétimo mais realizado no país

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
Saiba também como funciona o procedimento e para quem é indicado.
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A rinoplastia é uma cirurgia plástica que melhora a função e a estética do nariz. Ela pode ser feita para corrigir desvios septais que causam obstrução respiratória, diminuir giba dorsal (aquela corcova alta no perfil), corrigir desvios nasais (nariz torto), diminuir ou aumentar o nariz e ainda para refinar a ponta do nariz para deixá-lo mais delicado.

Dados do último censo, divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, mostram que o procedimento é o sétimo mais realizado no país, somando 4,4%, do total de intervenções. Dentro desse percentual, o índice de rinoplastias cresceu nos últimos anos. Conforme o levantamento, em 2016, 44.482 pessoas fizeram a cirurgia, um aumento de 3% em 2018, que contou com 46.241 operações.

Bruno Luitgards, cirurgião plástico e diretor do Instituto Luitgards, explica como o procedimento funciona. “Na cirurgia, a pele do dorso do nariz é elevada para que possamos ver as estruturas cartilaginosas e ósseas que dão forma ao nariz. Assim podemos trabalhar essas estruturas através de ressecções, raspagem, pontos aproximando ou modificando o formato das cartilagens, enxertia de cartilagem para reforçar a estrutura e osteotomias para reposicionar os ossos”.

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De acordo com o médico, após todo o trabalho osteocartilaginoso, a pele do nariz é reposicionada, e os resultados já podem ser vistos. Entretanto, ele alerta que em poucas horas haverá um edema (inchaço), causando uma mudança no formato deixado pelo procedimento. “Este edema costuma ser mais intenso no primeiro mês, mas logo depois começará a ver o resultado da rinoplastia”, acrescenta.

Luitgards aponta que o procedimento envolve ainda a realização de um curativo com micropore e gesso plástico para manter as estruturas na posição em que as colocamos. “Esse curativo costuma durar duas semanas”, comenta.

Este é um procedimento simples, segundo Dr. Bruno, mas cheio de mitos. Pensando nisso, ele separou alguns que costuma ouvir em consultório. 

1- Você pode obter o nariz que deseja!

MITO. O nosso objetivo é aprimorar o nariz dos pacientes, dando maior harmonia em relação ao rosto e deixando-os mais belos!

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Em primeiro lugar a filosofia da rinoplastia deve ser de manutenção da individualidade das pessoas. Vemos atualmente um grande número de cirurgiões postando resultados nas redes sociais (o que é antiético para a medicina) e trazendo resultados em que todos os narizes são iguais! Não acredito que isso seja positivo!! Pois os traços faciais diferentes exigem formatos de nariz diferentes! Não existe um único tipo de nariz bonito e cada pessoa deve ter o nariz adequado ao seu rosto.

Em segundo lugar a rinoplastia possui algumas limitações, principalmente relacionadas a pele do paciente. Como trabalhamos as estruturas osteocartilaginosas e depois as cobrimos novamente com a pele do paciente, quanto mais fina essa pele mais o nosso trabalho ficará demonstrado. Já quando a pele é grossa, este trabalho melhorará as características nasais, mas não poderemos alcançar narizes tão delicados.

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Assim, tenha em mente que não iremos fazer um novo nariz, mas aprimorar as características do seu nariz, para harmonizá-lo com seu rosto!

2- A rinoplastia é muito dolorosa!

MITO. Os pacientes não costumam reclamar de dor no pós operatório. Os analgésicos comuns como dipirona e paracetamol geralmente são suficientes para aliviar o incômodo que pode ocorrer.

3- É possível identificar que se submeteu ao procedimento!

MITO. Quando realizamos esta cirurgia com os princípios de manutenção da individualidade do paciente é possível obter resultados extremamente naturais e adequados aos traços faciais e a etnia dos pacientes, de modo que não seja possível identificar os pacientes que se submeteram.

4- Qualquer um pode fazer a cirurgia, independente da idade!

MITO. Na realidade, a cirurgia plástica do nariz deve ser realizada após o desenvolvimento completo das estruturas da face, o que costuma ocorrer entre 16-18 anos de idade. Após essa idade a rinoplastia pode ser realizada em todas as idades.

5- Os resultados são imediatos!

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MITO. No primeiro mês após a cirurgia ocorre edema (inchaço do nariz) que pode dificultar a observação dos resultados da rinoplastia, mas já é percebida alguma diferença. Com o tempo o edema vai regredindo e os resultados são cada vez melhor observados, mas o resultado final pode demorar de 6 meses a 1 ano para se demonstrar.

6 - A rinoplastia pode ser realizada mais de uma vez

Parcialmente Mito. Embora uma segunda rinoplastia (chamada rinoplastia secundária) possa ser realizada, na primeira cirurgia do nariz as estruturas nasais estão intactas, por isso o cirurgião plástico tem maior facilidade para obter os resultados desejados. Em cirurgias posteriores (segunda ou terceira vez) é mais difícil identificar as estruturas e elas podem estar alteradas por fibrose, dificultando a rinoplastia. Assim, é essencial realizar a primeira cirurgia com um cirurgião plástico com boa formação e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica!

7 - A cirurgia pode alterar a respiração

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Verdade. A rinoplastia não é uma cirurgia meramente estética e em muitos casos pode ser realizada com objetivo de melhorar a respiração. Além disso, no pós operatório a respiração passa por algumas fases e pode haver piora inicial.

Em um primeiro momento o inchaço e os curativos nasais podem ocasionar obstrução respiratória que irá melhorar gradualmente.

Quando a cirurgia objetiva corrigir problemas funcionais, como o desvio de septo e a hipertrofia de conchas nasais o fluxo aéreo melhora, e os pacientes referem que não mais apresentam a sensação de nariz entupido continuamente.

Entretanto em alguns casos pode ocorrer uma piora da respiração devido a não correção de problemas existentes, má execução da técnica operatória ou por problemas na recuperação do paciente (como a formação de fibrose excessiva por exemplo).

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