Oropouche: 3.665 dos 5.600 casos no ES foram registrados em 2 meses
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde do Espírito Santo, "boom de casos" foi registrado em novembro e dezembro de 2024. Saiba como prevenir
Dos 5,6 mil casos de Febre do Oropouche no Espírito Santo confirmados entre a primeira semana epidemiologia do ano passado (31/12/2023 a 06/01/2024) e a primeira deste ano (29/12/2024 a 04/01/2025), mais da metade foi registrada somente nos meses de novembro e dezembro – 3.665.
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, no último domingo (4), uma equipe do Ministério da Saúde chegou ao Estado para contribuir com o aprimoramento e capacitação dos profissionais que atuam na área da saúde.
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"Estamos aprimorando a questão da assistência e capacitando profissionais. Nossa rede laboratorial está muito bem fortalecida. Também nos reunimos com a secretaria de agricultura para troca de informações. Ainda em dezembro do ano passado fizemos captura de vetor (maruim) para identificar se a infecção aconteceu naquele local ou veio de outra área", disse.
Ainda segundo Orlei, nesse mesmo período, houve registro de quase 400 casos em uma única semana.
"Os picos da doença têm acontecido em intervalos de quatro e cinco semanas, voltando a crescer em seguida. A gente ainda está observando se esse comportamento isso vai permanecer em todos os locais ou somente em regiões isoladas".
Morte e caso de microcefalia relacionado à Febre do Oropouche
Também em dezembro o Espírito Santo confirmou o primeiro óbito pela doença, além de registrar o primeiro caso de malformação congênita (microcefalia) em decorrência da Febre do Oropouche.
Na época, Orlei Cardoso, informou que foi na Grande Vitória e que a pasta seguia em acompanhamento.
DICAS DE PREVENÇÃO
Gestantes devem adotar cuidados redobrados já que não há um inseticida para controle do vetor. As recomendações são, primeiramente, evitar locais e regiões onde haja presença do mosquito. Caso não seja possível, usar repelentes específicos para grávidas.
O maruim tem horários mais específicos em que se alimenta, que no caso é manhã e fim da tarde, mas em locais como Alfredo Chaves e outros municípios que têm incidência muito alta, ele tem circulando praticamente ao longo de todo o dia.
"Então, usar roupas de mangas longas, usar repelente, o repelente tem que ser indicado para gestante e deve passar por uma avaliação do médico"", alerta o subsecretário.
Para o Ministério da Saúde, as recomendações em relação aos principais de cuidados a serem seguidos são:
- Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores;
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele;
- Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais;
- Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo;
- Uso de telas de malha fina em portas e janelas.
SINTOMAS DA FEBRE DO OROPOUCHE
Autoridades de saúde recomendam que diante de quaisquer sintomas que possam indicar Febre do Oropouche, a população busque rapidamente ajuda médica, principalmente pelo fato de se apresentarem de modo muito semelhante aos da dengue, por exemplo.
- Febre;
- Cefaleia (dor de cabeça);
- Exantema (erupções cutâneas geralmente avermelhadas);
- Vômito;
- Dores musculares;
- Dor atrás dos olhos;
- Dor nas articulações.