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Saúde

Ministério da Saúde cria centro de operações de emergência contra a dengue

O Espírito Santo fechou 2024 com 131.282 casos confirmados da doença e 42 mortes. em 2025, até está quinta-feira (9), um óbito está sendo investigado

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
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Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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Somente no Espírito Santo, em 2024, 131.282 casos de dengue foram confirmados. Desse total, 72.267 foram registrados em mulheres e 59.005 em homens. No ano anterior, a dengue somou 129.100 casos. 

A preocupação fica ainda maior em períodos como o verão, quando as chuvas e os dias quentes tornam o ambiente ainda mais propício para a reprodução do Aedes aegypti, vetor da doença.

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Na manhã desta quinta-feira (9), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a instalação de um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. O objetivo é ampliar o monitoramento das doenças transmitidas principalmente por mosquitos

De acordo com a pasta, o planejamento e as ações coordenadas serão realizados em diálogo permanente com "estados, municípios, pesquisadores, instituições científicas e outros ministérios".

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Nísia lançou também o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika. Este novo novo plano revisa e amplia a versão anterior que foi publicada em 2022. A ideia é reforçar, além de "buscar, as estratégias de prevenção, preparação e resposta às epidemias de arboviroses".

“Desde o lançamento do Plano de Ação contra a Dengue, definimos eixos estratégicos que priorizam as ações de prevenção. Seguimos a lógica de que ‘prevenir é sempre melhor do que remediar’, o que inclui medidas simples que cada cidadão pode adotar, como dedicar ao menos 10 minutos semanais para eliminar possíveis focos do mosquito em casa e nas proximidades”, disse a ministra.

Panorama das arboviroses no Brasil

Ainda na ocasião, Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), apresentou um panorama das arboviroses no Brasil.

“Estamos em mobilização e alerta, com o objetivo de antecipar o período sazonal, ajustar a rede de saúde e reforçar medidas preventivas para mitigar riscos. Lançamos a revisão do Plano de Contingência, que orienta as ações, e todos os profissionais receberam treinamento. Uma portaria será publicada para definir diretrizes de recursos e competências de cada ente. Em 2024, houve um aumento de 303% nos casos, tornando essencial a adoção de medidas rápidas e coordenadas”, explicou.

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Uso de tecnologias para controle do vetor

Para controlar o vetor das doenças, o uso de tecnologias tem sido ampliado pelo Ministério da Saúde. entre elas:

- Expansão do método Wolbachia, de 3 para 40 cidades até 2025;

- Implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas;

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- Borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em áreas de grande circulação de pessoas, como creches, escolas e asilos;

- Estações disseminadoras de larvicidas, com previsão de implantação de 150 mil unidades na primeira fase do projeto;

- Uso de Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitorar e controlar a disseminação do mosquito;

Cenário epidemiológico

O Brasil registrou em 2024, 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos, segundo o painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde.

Até a quarta-feira (8), foram notificados 10,1 mil casos prováveis e 10 óbitos estão em investigação em 2025. Do total de casos, 50% estão concentrados nos estados de São Paulo e Minas Gerais, enquanto a região Sudeste responde por 61,8% das ocorrências.

Cuidados para prevenir novos casos de dengue

1. Mantenha os quintais varridos e limpos;

2. Mantenha as caixas d’água bem vedadas;

3. Coloque as garrafas de cabeça para baixo;

4. Calhas devem permanecer limpas;

5. Limpe os ralos e se possível, coloque telas;

6. Descarte o lixo em local adequado;

7. Coloque areia nos pratos de plantas para evitar acúmulo de água.

SINTOMAS DA DENGUE

- Febre alta (acima dos 38.5ºC);

- Dores musculares;

- Dor de cabeça;

- Erupções cutâneas;

- Falta de apetite;

- Manchas vermelhas no corpo.

*Com informações do Ministério da Saúde

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