Brasileira viraliza ao trocar a cor dos olhos; especialista explica riscos

Nos últimos dias um assunto tem tomado conta das redes sociais e gerado polêmica. Uma modelo brasileira se submeteu a um procedimento para mudar a cor dos olhos, na Suíça, por meio de uma cirurgia chamada queratopigmentação.

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No Brasil, a técnica somente é permitida em casos de reabilitação de pessoas cegas, geralmente quando a córnea está comprometida (esbranquiçada), a fim de não deixar um olho muito diferente do outro. 

Na cirurgia, são injetados pigmentos no tecido da córnea para se assemelhar com o olho natural. Já para fins somente estéticos, para pessoas com a visão normal, o procedimento realizado pode comprometer a saúde ocular.

“Esse procedimento limita muito o campo visual do paciente, comprometendo a sua visão periférica, além de desenvolver fotofobia, quando as pessoas têm sensibilidade e dor ao olhar para a luz. A cirurgia funciona como se fosse uma tatuagem na córnea. O paciente fica com a visão apenas no centro, pois ao redor, é preenchido pelo pigmento”, explica Guilhermo Tasayko, médico oftalmologista do Hospital de Olhos Vitória.

Além disso, o médico adverte que, por ter contato direto com a córnea, o procedimento pode induzir uma deformidade corneana, como se fosse um ceratocone, resultando em visão dupla. 

“A queratopigmentação é totalmente irreversível. O procedimento ainda pode gerar infecção ocular e até mesmo induzir um glaucoma”, destaca Tasayko.

O médico lembra ainda que o modo mais seguro para quem deseja mudar a cor do olho é o uso de lentes de contato colorida. "Mesmo assim, tomando todos os cuidados necessários para minimizar os riscos para a saúde ocular”, concluiu o médico oftalmologista.

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