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Saúde

Ômega 3, 6 e 9: excesso pode dar câncer? Veja efeitos e como tomar

Uma dosagem errada de ômega seria suficiente para favorecer a ocorrência de episódios hemorrágicos em algumas pessoas; entenda

Ana Paula Brito Vieira

Redação Folha Vitória
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Foto: Jcomp/Freepik
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O uso do ômega 3, 6 e 9 virou uma febre no Brasil. Porém, antes de sair comprando e consumindo as fontes desses suplementos, cuidado!

É importante pesquisar e descobrir as vantagens e desvantagens do "santo remédio natural", como dizem por aí.

Isso porque, segundo informações da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, uma dosagem desproporcional de ômega 3, por exemplo, seria suficiente para favorecer a ocorrência de episódios hemorrágicos em algumas pessoas.

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O excesso de ácido eicosapentaenóico (EPA) e de ácido docosahexaenóico (DHA), presentes no ômega 3, no organismo pode agravar doenças.

De acordo com Ecycle, alimentos naturalmente ricos em EPA e DHA, como peixes e algas marinhas, não contêm quantidades tão elevadas dessas substâncias a ponto de seu consumo representar um risco.

Por isso, é melhor consumir os ômegas por meio de alimentos naturais do que por suplementos alimentares, como pílulas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendável comer duas porções de peixe por semana, o que forneceria de 200 mg a 500 mg de EPA e DHA – quantidade considerada suficiente para prevenção de doenças. 

Quem não come peixe, pode optar pelas algas marinhas.

Foto: Timolina/Freepik
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Além de episódios hemorrágicos, o excesso de ômega 3 pode aumentar o colesterol no sangue, como descrito no estudo dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia.

Uma pesquisa publicada no Journal of the National Cancer Institute também relaciona o excesso de ômega 3 no organismo à maior incidência de câncer de próstata, mas não há outras confirmações sobre o estudo.

De acordo com estudo publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, o excesso de ômega no organismo pode levar à peroxidação lipídica das membranas.

Mas, afinal, o que é isso? A peroxidação lipídica, segundo o Eclyde, é a destruição dos lipídios. Esse processo favorece o desequilíbro entre nível de radicais livres e agentes antioxidantes no organismo.

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O fenômeno pode iniciar processos inflamatórios como a aterosclerose que, em estados avançados, contribui para a ocorrência de infartos e AVC isquêmico.

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Entretanto, os ômegas não têm só malefícios. Eles constantemente são alvos de pesquisas por conta de seus efeitos e benefícios na saúde.

Foto: Freepik

De acordo com o Nutrify, os ômegas podem ser encontrados em óleos vegetais e gorduras animais que melhoram e previnem doenças cardiovasculares, câncer, modulação da inflamação, quadros de dislipidemias, depressão e função cognitiva.

Inclusive, a combinação dos três antioxidantes mantém a estrutura das células do sistema nervoso e inibe a cascata inflamatória que serve para o desenvolvimento de muitas doenças.

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Como toda gordura, segundo o Vhita, esses suplementos são responsáveis por fornecer energia ao corpo, pela manutenção de órgãos e nervos em suas devidas posições e regularização da temperatura corporal.

Para conseguir ter os benefícios de cada um é preciso que consumir de forma adequada e na quantidade correta. Por exemplo, deve-se ingerir mais ômega 3 do que ômega 6, já que o excesso do último pode inflamar ainda mais o organismo.

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Ainda de acordo com o Nutrify, o ômega 9 reduz os triglicerídeos e controla a pressão arterial, prevenindo infartos e derrames. Todos os três antioxidantes fornecem gorduras boas quando consumidos corretamente.

Quais são os benefícios do ômega 3, 6 e 9?

Foto: Jcomp/Freepik

Os ômegas trazem vários benefícios para a saúde, ajudando a reduzir doenças cardiovasculares, câncer, obesidade, inflamação e mais.

No caso do sistema cardiovascular, estudos mostram uma diminuição no risco de arritmia cardíaca, que pode levar a mortes súbitas.

Além disso, eles reduzem os níveis de gorduras no sangue, diminuindo o risco de formação de placas nas artérias e prevenindo condições como hipertensão, aterosclerose, infarto e derrames.

Em pessoas com excesso de peso, que muitas vezes têm níveis elevados de inflamação devido ao acúmulo de gordura corporal, a suplementação de ômegas atua como anti-inflamatório, podendo impedir o avanço de danos nas artérias.

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Os benefícios dos ômegas não se limitam apenas às doenças cardiovasculares, segundo o Nutrify. Há cada vez mais evidências sugerindo que esses ácidos graxos desempenham um papel importante na prevenção de várias doenças.

- Atua como anti-inflamatório

Os efeitos dos ômega 3, 6 e 9 estão relacionados à sua capacidade anti-inflamatória. Eles reduzem a produção de substâncias, como prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos, que podem representar riscos para o organismo.

Assim, a suplementação com esses ácidos graxos pode ajudar a diminuir os efeitos do processo inflamatório, protegendo o corpo contra o desenvolvimento de doenças associadas à inflamação.

- Auxilia no controle dos níveis de colesterol

De acordo com o Nutrify, o consumo adequado dos ácidos graxos ômega 3, 6 e 9 e associado a uma dieta equilibrada auxilia na manutenção e controle dos níveis de colesterol, reduzindo o LDL ( colesterol ruim) e melhorando os níveis de HDL ( colesterol bom) devido a sua capacidade de manter o metabolismo.

- Participa do bom funcionamento do cérebro

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O DHA, que faz parte do ômega 3, é essencial para as células do corpo e ajuda na proteção do cérebro e dos olhos. Além de ter ação antioxidante, ele promove a conexão entre os neurônios, melhorando a memória, a atenção e o raciocínio.

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Como 40% do cérebro é composto por DHA e 60% é gordura, consumir esse ácido graxo melhora a saúde mental. Isso ajuda no aprendizado, no humor e, consequentemente, na qualidade de vida.

- Bom para o coração

Ainda segundo o Nutrify, incluir ácidos na alimentação equilibrada é bom para o coração, pois ajuda a manter o LDL em níveis adequados, aumenta o HDL e cuida dos triglicérides. Além de que esses suplementos evitam a agregação sanguínea e ajudam a manter a pressão arterial.

Como e quando tomar ômega 3, 6 e 9?

Foto: Reprodução/Vida Saudável

A recomendação é tomar de 1 a 3 cápsulas por dia. É importante consultar um nutricionista ou médico para saber a quantidade certa, pois pode variar conforme a marca do produto.

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Uma dica útil do Nutrify é ficar de olho nas quantidades de EPA e DHA. Verifique se o suplemento possui o selo IFOS, que é um selo de qualidade indicando que o produto passou por análises. Esse selo atesta a pureza e o controle de metais pesados no óleo de peixe.

Quais alimentos são ricos em ômega 3, 6 e 9?

- Ômega 3: sardinha, salmão, atum, chia, linhaça, nozes.

- Ômega 6: nozes, óleo de girassol, semente de girassol e amendoim.

- Ômega 9: azeite de oliva, azeitonas, macadâmia, nozes, abacate, avocado e castanha do Pará.

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