ES define grupos prioritários para vacinar crianças contra a covid-19
Crianças com comorbidades terão que apresentar Laudo Médico para receber a dose do imunizante
A lista prioritária para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos foi definida pela Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa). Conforme publicação no Diário Oficial desta sexta-feira (14), um dos critérios será a idade. Cerca de 24 mil doses da vacina deve chegar ao estado.
Serão vacinados os seguintes grupos:
1) Indígenas e Quilombolas (5 a 11 anos);
2) Crianças com deficiências permanentes;
3) Crianças com comorbidades com Laudo Médico (ver lista abaixo);
4) Crianças com 11 anos.
Nesta quinta-feira (13), o secretário Nésio Fernandes destacou que as vacinas são seguras e fundamentais para proteger as crianças contra o coronavírus.
"As vacinas da Pfizer são seguras e eficazes, passaram pelos testes um, dois e três. Não é uma vacina experimental. Foi autorizada pela Anvisa, comprada pelo Governo Federal, distribuída pelo Plano Nacional de Imunização e Enfrentamento a covid-19 e, neste momento, chegam ao Espírito Santo para vacinar os nossos filhos", disse.
De acordo com Nésio, as doses do imunizante serão distribuídas para os municípios ainda nesta sexta para que a vacinação possa ser iniciada já neste fim de semana.
Regras para vacinação também são definidas
A vacinação em crianças será administrada com a Pfizer de uso pediátrico, diferente das doses aplicadas na população acima dos 12 anos. O imunizante contra a covid-19 não deverá ser aplicada com outras vacinas do calendário infantil. A recomendação é que tenha um prazo de 15 dias.
As crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose, devem permanecer com a dose pediátrica da vacina Pfizer. O intervalo entre a primeira e segunda dose para este público deverá ser de 8 semanas, considerando que estudos em adultos demonstraram haver uma melhor resposta imunológica, com maiores títulos de anticorpos neutralizantes, em intervalos superiores a três semanas.
Os profissionais de saúde, antes da aplicação da vacina, devem informar ao responsável que acompanha a criança que se trata da vacina contra a covid-19 em frasco na cor laranja, os principais sintomas e reações esperados após a vacinação, bem como seja mostrada a seringa a ser utilizada (1 mL) e o volume a ser aplicado (0,2mL).
Vitória, Cariacica e Vila Velha vão abrir agendamento online
Com a chegada das doses, as prefeituras de Vitória, Cariacica e de Vila Velha já se preparam para abrir o agendamento online para a vacinação das crianças.
Vitória
A prefeitura da Capital informou que está preparada para realizar a vacinação de crianças com idade entre 5 e 11 anos imediatamente após o recebimento das doses, e que vai abrir agendamento online para a imunização desse grupo.
O planejamento da vacinação depende do quantitativo de doses que o município irá receber. Até o momento, não há essa informação.
A Secretaria de Saúde de Vitória informou que aguarda a publicação da resolução do Estado com as orientações sobre a vacinação nesse público.
Para a vacinação, os pais ou responsáveis devem levar a caderneta de vacinação e Cartão SUS ou CPF da criança. Quem testou positivo para covid-19 deve aguardar 30 dias para receber a dose da vacina e, caso tenha sintomas gripais, deve aguardar o fim dos sintomas para se imunizar.
Cariacica
Para vacinar as crianças, a prefeitura de Cariacica informou que, assim que receber as doses destinadas às crianças, iniciará a aplicação, que será feita mediante agendamento.
Vila Velha
A prefeitura de Vila Velha disse que está aguardando o repasse das vacinas para iniciar as imunizações. O município vai realizar o agendamento online para as crianças, mas ainda não sabe o número de doses que receberá do Estado.
Os pais ou responsáveis deverão levar os cartões de vacina das crianças, porque o intervalo de qualquer vacina de rotina tem que obedecer 15 dias para vacinação contra covid-19.
Lista de comorbidades que necessitam de laudo
Diabetes mellitus
Qualquer indivíduo com diabetes
Pneumopatias crônicas graves
Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).
Hipertensão arterial
Qualquer indivíduo com hipertensão arterial em tratamento.
Doenças cardiovasculares
Insuficiência cardíaca (IC)
IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_06
Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar
Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária
Cardiopatia hipertensiva
Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo)
Síndromes coronarianas
Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras)
Valvopatias
Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras)
Miocardiopatias e Pericardiopatias
Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática
Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos
Arritmias cardíacas
Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras)
Cardiopatias congênitas no adulto
Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.
Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados
Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência)
Doença neurológica crônica
Doença cerebrovascular (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular); doenças neurológicas crônicas que impactem na função respiratória, indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave.pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_07
Doença renal crônica
Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.
Imunossuprimidos
Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.
Hemoglobinopatias graves
Doença falciforme e talassemia maior
Obesidade mórbida
Índice de massa corpórea (IMC) ≥ 40
Síndrome de down
Trissomia do cromossomo 21
Cirrose hepática
Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C