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Saúde

Entrar na água após comer faz mal? Especialista derruba tabus e aponta os principais riscos

Aqueles que têm mais de 50 anos são mais vulneráveis, pois fazem a digestão de maneira mais lenta. Já as crianças exigem atenção pois não sabem discernir o tipo de atividade que podem realizar nessa situação

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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É comum que muitas mães digam para seus filhos não entrarem na piscina logo após a refeição pois, segundo elas, “isso faz mal”.  Entretanto, estar na água só é um risco se a temperatura dela estiver muito baixa. O principal perigo está na realização de atividades físicas, de acordo com o gastroenterologista André Ibrahim David, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

“Pode fazer muito mal, mas varia de pessoa para pessoa. Depende do que ela comeu e da realização de atividade física na água”, afirma o médico.

Ele explica que quando as pessoas se alimentam, o organismo mobiliza a maior parte do sangue para o estômago e intestino a fim de fazer a digestão.

“Mas, ao fazer alguma atividade, tem o deslocamento do sangue para os músculos, porque eles vão precisar de oxigênio. Isso prejudica o processo digestivo”, completa.

O resultado inclui sintomas como náusea, tontura, dor de cabeça e sensação de mal-estar. "É difícil chegar a desmaiar, precisaria fazer um exercício muito cansativo”, pondera o especialista. “O problema é vomitar, porque aí a pessoa pode aspirar o vômito e ter uma parada respiratória”, acrescenta.

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Aqueles que têm mais de 50 anos são mais vulneráveis, pois fazem a digestão de maneira mais lenta. Já as crianças exigem atenção pois não sabem discernir o tipo de atividade que podem realizar nessa situação.

De acordo com David, o ato de entrar na água por si só ou tomar banho não gera risco, uma vez que não há esforço físico. Mesmo assim, o ideal é esperar cerca de uma hora e meia após a refeição.

“No caso de atletas, o recomendado é fazer uma refeição rica em carboidrato três horas antes de iniciar a competição no meio aquático”, ressalta.

Outro aspecto importante é a temperatura da água pois, assim como a digestão, ela também pode causar um deslocamento sanguíneo. “Se você entra numa água muito fria, o organismo vai mobilizar o sangue para estabilizar a temperatura corporal”, explica o médico.

Segundo ele, o melhor é que a temperatura da água esteja acima de 20°C. A partir de 15°C já pode haver complicações.

Para prevenir transtornos, o conselho é fazer refeições leves antes de praticar atividades de lazer ou durante as férias de verão, quando muitos recorrem à água para se refrescar. O cardápio pode ser composto por vegetais, peixes e frutas.

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“É bom evitar refrigerante, não ingerir muita bebida alcoólica e tomar bastante líquido para não sobrecarregar a digestão”, recomenda David.

FONTE: R7.

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