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Política

Triplex atribuído à Lula vai ser sorteado na internet. Saiba mais

Para atrair participantes, um banner na página diz: "Vire a chave do tríplex mais famoso do Brasil"

Redação Folha Vitória
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Foto: Portal R7
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O tríplex no Guarujá, em São Paulo, atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será sorteado por uma plataforma na internet

Pelo anúncio, os interessados têm de pagar uma mensalidade de R$ 19,90 para participar. Para atrair participantes, um banner na página diz: "Vire a chave do tríplex mais famoso do Brasil".

Em maio de 2018, o apartamento foi arrematado por R$ 2,2 milhões, valor mínimo determinado pela Justiça Federal, em um leilão. À época, o comprador foi identificado como Guarajupar, do Distrito Federal.

O leilão do tríplex foi resultado de uma decisão do então juiz federal Sérgio Moro, que despachava sobre os processos relacionados à Operação Lava-Jato em Curitiba. A determinação veio logo depois que oo TRF-4 (Tribunal Federal Regional da 4ª Região) confirmou a condenação do ex-presidente.

Na decisão, Moro afirmou que o apartamento estava em situação de abandono e com o valor em depreciação. O dinheiro do arremate poderia ser usado para ressarcir os cofres da Petrobras.

O Tríplex

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O apartamento 164-A do condomínio Solaris, localizado na praia das Astúrias, no litoral sul de São Paulo, possui área privativa de 215.200 m², área comum de 82.692 m² e duas vagas de garagem.

Dentro do imóvel, há uma sala com varanda, cozinha e área de serviço, lavabo e uma suíte, que teria sido incluída nas melhorias supostamente pagas pela OAS. No segundo andar do apartamento, há três dormitórios (uma suíte), um banheiro e um hall.

Na cobertura, há e uma área externa com churrasqueira, piscina e uma vista para a praia das Astúrias, no Guarujá.

Condenação

Em julho de 2017, o então juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou o ex-presidente Lula a 9 anos e seis meses de prisão pela ocultação da titularidade do imóvel e recebimento de vantagem indevida no âmbito do processo que envolvia o apartamento triplex no Guarujá. 

Lula e a ex-primeira dama, Marisa Letícia, foram denunciados pelo Ministério Público Federal como sendo os verdadeiros donos do apartamento. 

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A força-tarefa da Lava-Jato ainda atribuiu à construtora OAS as reformas feitas na unidade e que seriam parte do pagamento de propina da empreiteira a Lula, em troca de favorecimento da construtora em contratos com a Petrobras.

A defesa de Lula ingressou com recurso que foi negado pelo TRF-4. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também manteve a condenação. Com isso, em abril, Lula foi preso e levado pela Polícia Federal a Curitiba, onde ficou em cela especial. Ele foi libertado em 8 de novembro de 2019, após 580 dias.

Depois disso, o processo, que estava no Paraná, foi remetido à justiça federal no Distrito Federal, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A corte julgou um recurso da defesa do petista, e considerou Sérgio Moro incompetente para julgar o caso. Assim, a condenação foi anulada.

À época da investigação, em 2017, pesquisa do Instituto Paraná mostrou que quase 60% dos brasileiros (59%) acreditavam que o apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, era do ex-presidente Lula. 

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Para 32,8% dos entrevistados o apartamento não pertence ao ex-presidente. Outros 8,3% não sabem ou não opinaram. O levantamento foi feito com 2.540 brasileiros por meio de questionário online. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro de dois pontos percentuais.

*Com informações do R7

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