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Política

Temer: manifestações são frutos da democracia e não preocupam o governo

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira,1, que manifestações populares são frutos naturais da democracia e não preocupam o governo. A declaração foi dada no evento Brazil Opportunities Conference - Looking Beyond the Storm, promovido pelo banco norte-americano JPMorgan.

"Dizem que tem havido preocupação do governo com movimentos de rua. Isso não atrapalha, é fruto da democracia. Não estamos preocupados com isso. Chegamos a uma fase da democracia que nos permite receber com muita tranquilidade esses movimentos, claro que não os de depredação. A Constituição garante o direito de livre manifestação, não de livre depredação. Quando se vê isso temos de manter a ordem, mas não deve nos preocupar", afirmou.

Temer disse que a tarefa das autoridades é construir pontes entre o Estado e a sociedade. Segundo ele, se de um lado o Executivo deseja uma relação profícua com o Congresso, por outro lado não pode esquecer da opinião pública. "Construir pontes é fundamental. Isso se faz com a participação natural da iniciativa privada em atividades do poder público e ouvindo a opinião pública. Executivo e Legislativo têm de levar muito em conta a opinião pública. É preciso pacificar o País. Nós somos conciliadores, não podemos viver permanentemente em atrito."

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Segundo ele, o governo vê isso como uma fase que o Brasil está vivendo, que é a democracia da eficiência. "O que as pessoas mais querem é eficiência, tanto que os rótulos ideológicos caíram por terra. Ninguém quer saber se você é de esquerda ou de direita, isso perdeu a graça. Eles querem eficiência. Se o governo for eficiente eles se dão por satisfeitos."

Ele afirmou que pode haver atrito de ideias, mas não de pessoas. "Nos últimos tempos lamentavelmente o atrito não tem sido de ideias, de pensamentos, mas físico, de depredação. Temos de partir para a pacificação do País", disse. Temer afirmou que, na história do Brasil, a cada 25, 30 anos existe uma crise institucional, mas que seu governo quer romper esse padrão. "Eu sou muito claro em dizer que há conflitos. Passamos por um momento traumático que foi o impedimento do governo anterior, então naturalmente temos vozes do impedimento que ainda se manifestam com muito vigor".

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O presidente reclamou dos movimentos que tentam taxar seu governo como destruidor dos investimentos em saúde e educação e admitiu que tem sofrido muita pressão desde que se mudou para o Palácio do Planalto. "Mas isso não me impressiona, faz parte da vida", comentou.

Falando aos investidores presentes no evento, ele pediu ajuda para mostrar ao mundo que o Brasil está no caminho certo. "Embora muitas vezes haja preocupação com o que está acontecendo no País, gostaria de deixar uma mensagem de esperança e otimismo. Não recuaremos nem nos deixaremos distrair do que é essencial para recuperar a economia e empregos. Penso que agora o Brasil tem um rumo certo e, se vocês apoiarem, em menos tempo do que se espera teremos a saída da recessão, com crescimento, pleno emprego e tranquilidade no País."

Ele insistiu que o investidor precisa saber que há tranquilidade e segurança jurídica no Brasil. "Muitas vezes as pessoas querem legislar demais e isso significa criar instabilidade. Em matéria de tributação isso é um horror."

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