Temer cancela compromisso em SP, passa o dia em Brasília e pode definir ministro
Brasília - O presidente Michel Temer desistiu de participar da abertura do "Congresso Anual Movimento Falconi 2016" nesta segunda-feira, 12, e vai passar o dia em Brasília em mais conversas para acertar a pauta do Congresso desta semana e também em torno da definição do nome do substituto de Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo.
Conforme a agenda oficial, o único compromisso mantido é a ida a evento de premiação no Palácio dos Bandeirantes, às 20h30, em São Paulo. A participação cancelada estava prevista para as 13h.
No domingo, 11, Temer recebeu no Palácio do Jaburu o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que ainda é cotado para o cargo de titular da Secretaria de Governo. Antes de bater o martelo, o que pode ocorrer nesta segunda ou ao longo desta semana, o presidente vai acertar os últimos detalhes com o presidente do PSDB, Aécio Neves, e com parlamentares do chamado Centrão (PSD, PP, PR, PTB entrou outros). A conversa com Aécio, segundo interlocutores do presidente, será hoje, ainda sem horário definido.
O nome de Imbassahy quase foi oficializado na sexta-feira (9). A decisão, entretanto, foi suspensa por causa de pressão de parlamentares do Centrão.
Emergência
O presidente estava no domingo na capital paulista, mas retornou a Brasília na hora do almoço e convocou uma reunião de emergência com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário de Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco, por causa da delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, em que a cúpula do PMDB foi envolvida.
Aliados do presidente vão reforçar nesta semana as críticas ao vazamento da delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. A estratégia é questionar a legalidade da divulgação.
Ontem à noite, Temer foi à residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar da pauta da semana e da estratégia das reformas para o próximo ano, como a da Previdência e a Trabalhista. O objetivo do governo é reagir, na última semana de atividades no Legislativo no ano, a mais uma crise política mostrando "trabalho".