/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Dilma está muito tranquila sobre impeachment, diz presidente argentino

Dilma decidiu manter a agenda com o argentino para demonstrar que, apesar do pedido de afastamento, o governo não está paralisado

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
Presidenta Dilma Rousseff recebe Maurício Macri, Presidente eleito da República Argentina Foto: Agência Brasil
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Brasília - Após se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, o presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, disse que os dois conversaram sobre o pedido de abertura de processo de impeachment e que ela se mostrou "muito tranquila". Macri afirmou ainda que esse assunto não o preocupa, pois ele confia nas instituições brasileiras. "O Brasil é um país forte e sólido, que já demonstrou que tem um sistema democrático consolidado", afirmou.

Dilma decidiu manter a agenda com o argentino para demonstrar que, apesar do pedido de afastamento, o governo não está paralisado.

Macri, que assume a Casa Rosada no dia 10, venceu o candidato governista apoiado pela atual presidente Cristina Kirchner. Durante a eleição do país vizinho, Dilma chegou a receber Daniel Scioli em Brasília.

Mesmo assim, Macri escolheu o Brasil como o primeiro destino internacional para visitar. Ele destacou que o gesto tinha como objetivo demonstrar "o afeto, o compromisso, o respeito e a confiança" na relação entre os dois países. "Juntos podemos construir um futuro melhor", afirmou.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Um dos assuntos tratados durante o encontro, que durou cerca de uma hora, foi a eleição na Venezuela marcada para o próximo domingo. "Estamos observando com atenção o que vai acontecer", afirmou.

O argentino minimizou o fato de ele e Dilma terem posição diferente sobre a situação no país vizinho, e afirmou que o importante é que os dois têm "os mesmos valores" e o mesmo "compromisso com a democracia". Assim que foi eleito, Macri defendeu a suspensão da Venezuela no Mercosul. Dilma, por sua vez, se demonstrou contrária à medida.

Outro assunto importante para a Argentina, porém, ficou de fora da pauta desse primeiro encontro. Macri afirmou que os dois não chegaram a conversar sobre um eventual aporte de dólares do Brasil ao Banco Central argentino. Segundo ele, esse e outros temas econômicos serão tratados em uma visita oficial de Estado que deverá ser marcada em breve.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Antes disso, os dois vão se encontrar novamente no dia 10, quando Dilma vai a Buenos Aires participar da posse do presidente eleito.

Além da presidente, participaram da reunião os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Integram a comitiva de Macri o chefe da Casa Civil indicado, Marcos Peña, da futura chanceler, Suzana Malcorra, e o futuro assessor especial Fulvio Pompeo, além do embaixador da Argentina no Brasil, Luiz Maria Kreckler.

Ainda nesta sexta, Macri cumpre uma agenda em São Paulo e depois vai ao Chile, para se encontrar com a presidente Michelle Bachelet.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.