/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Plano de atentado contra Moraes incluía sequestro, prisão e execução

Segundo a PF, o planejamento contra Moraes previa o mapeamento dos locais que o ministro frequenta em Brasília, como residência, trabalho e academia, além do itinerário, dos horários e da sua agenda

Estadão Conteúdo

audima
audima
Foto: Gustavo Moreno/STF
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Ao investigar a atuação de um grupo de militares que planejava um golpe de Estado em 2022, a Polícia Federal (PF) revelou um plano para sequestrar, prender e até executar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O magistrado seria o primeiro alvo da organização criminosa, que também incluía o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).

LEIA TAMBÉM:

>Lula sanciona sem vetos lei com novas regras para emendas parlamentares

>Na agenda, Lula recebe Haddad, Costa e Esther e deve conhecer minuta do pacote de cortes

>Bolsonaro: "Não se dá golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais"

De acordo com o relatório da Polícia Federal, foi encontrado nos arquivos apreendidos no celular do general reformado Mário Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, um arquivo denominado plano "Punhal Verde e Amarelo". Os investigados indicam que o documento previa

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03
"a elaboração de um detalhado planejamento que seria voltado ao sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes e, ainda, dos candidatos eleitos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, ambos componentes da chapa vencedora das eleições
".

O advogado Raul Livino, responsável pela defesa do general Mário Fernandes, afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito, mas que considera a prisão cautelar dele despropositada. A defesa pediu a transferência do militar do Rio de Janeiro para Brasília.

Carregando...

Segundo a PF, o planejamento contra Moraes previa o mapeamento dos locais que o ministro frequenta em Brasília, como residência, trabalho e academia, além do itinerário, dos horários e da agenda dele.

Em outro trecho do plano "Punhal Verde e Amarelo", Mário Fernandes cita o número de agentes envolvidos na segurança do ministro, armas e veículos utilizados pelos quatro policiais federais e dois motoristas na comitiva de Moraes.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

O plano revela uma lista de itens necessários para a execução da operação, entre eles coletes balísticos, armas de grosso calibre e até lança-granadas.

"Considerando todo o contexto da investigação, o documento descreve um planejamento de sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes. Essa afirmação se baseia, além de todas as referências ofensivas ao ministro nos áudios e diálogos mantidos por Mário Fernandes, em alguns detalhes do documento", diz a PF.

Em outro ponto, o militar descreve que seriam necessários seis telefones celulares "habilitados em nomes de terceiros e, associados a codinomes de países para anonimização da ação criminosa". Os telefones seriam utilizados pelos militares envolvidos no plano de prisão/execução de Moraes.

"Foram consideradas diversas condições de execução do ministro Alexandre de Moraes, inclusive com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público. Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de "captura" seria alta e que a chance de baixa (termo relacionado a morte no contexto militar) seria alto".
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.