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Política

Moraes autoriza ida de ex-ministro da Justiça ao velório da mãe

Anderson Torres cumpre medidas cautelares desde maio de 2023, quando deixou o presídio sob suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro

Estadão Conteúdo

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres compareça ao velório e sepultamento de sua mãe, Amélia Torres, que faleceu na manhã desta sexta-feira (29), aos 70 anos, vítima de um tumor cerebral.

Os eventos fúnebres de Amélia ocorrerão neste fim de semana. A defesa de Torres precisou pedir autorização a Moraes porque o ex-ministro cumpre medidas cautelares desde maio de 2023, quando deixou o presídio que ficou por quatro meses sob suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro. Uma das medidas é justamente a proibição de sair de casa aos fins de semana.

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Há uma semana, Moraes havia flexibilizado as medidas para que Torres pudesse acompanhar o tratamento médico da mãe. Ele, que usa tornozeleira eletrônica, passou a poder passar as noites e os fins de semana na casa dos pais ou no hospital em que a mãe esteve internada.

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Na decisão, o ex-secretário poderá permanecer no cemitério no tempo estritamente necessário para a cerimônia. Apesar da autorização, Moraes destacou que as flexibilizações foram concedidas em caráter provisório, sem dispensá-lo do cumprimento das demais medidas cautelares impostas.

Torres foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Ele é investigado por suposto envolvimento nos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, atuava como secretário de Segurança Pública do DF.

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A suspeita é de que Torres tenha sido omisso e conivente com os ataques. No dia dos atos antidemocráticos, ele estava nos Estados Unidos. O ex-ministro chegou a ser preso, por decisão de Moraes, mas recebeu liberdade provisória em maio do ano passado, com a imposição de medidas cautelares.

Uma operação da PF apreendeu na casa dele, em 10 de janeiro de 2023, a "minuta do golpe", um texto que serviria de base para decreto golpista de Jair Bolsonaro (PL).

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Na semana passada, Torres foi um dos 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também estão na lista de indiciados Bolsonaro e outros integrantes de seu governo.

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