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Política

Procuradoria denuncia promotor por propina de R$ 1,3 mi

Em delação Lélis Teixeira, indicou que o promotor teria solicitado 'pagamento mensal de R$ 60 mil em troca de 'tratamento especial'

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/MPRJ
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A Subprocuradoria-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do Rio denunciou nesta terça-feira (12), o promotor Justiça Flávio Bonazza de Assis e outras cinco pessoas por suposto envolvimento no esquema de propinas no âmbito da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor). 

Em delação, o ex-presidente da entidade, Lélis Teixeira, indicou que o promotor teria solicitado 'pagamento mensal de R$ 60 mil em troca de 'tratamento especial' em processos de interesse do setor'.

Flávio e os outros acusados foram denunciados por organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a crimes cometidos entre junho de 2014 e março de 2016. A ação é um desdobramento da Operação Ponto Final.

Segundo a Promotoria, além da denúncia criminal apresentada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, um procedimento disciplinar contra o promotor tramita na Corregedoria-Geral do Ministério Público do Rio de Janeiro.

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O jornal o Estado de S. Paulo teve acesso à delação premiada de Lélis Teixeira, que tramita em segredo de justiça. São 25 anexos que mostram a suposta atuação de políticos, servidores da Receita e da Polícia Federal, e magistrados do Judiciário fluminense em prol da Fetranspor em licitações e processos contra a empresa.

De acordo com a delação do ex-presidente da Fetranspor, a diretora da Viação Redentor, Helena Maia teria procurado Lélis e o empresário Jacob Barata informando que o promotor tinha interesse em 'se aproximar do setor'.

Helena teria então agendado uma reunião entre eles na sede da Viação Redentor. Na ocasião, Flávio teria solicitado o pagamento mensal em troca de 'tratamento especial' em processos de interesse do setor que tramitavam na 3ª Procuradoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital'.

Ainda segundo Lélis, o promotor teria apresentado, na reunião, autos de um procedimento que estava em suas mãos, no qual várias empresas do setor figuravam como investigadas.

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"O promotor prometeu tratar os empresários investigados de forma benevolente, tendo ainda deixado claro que faria o mesmo quando atuasse em futuras investigações que envolvessem interesses do setor", disse Lélis em delação.

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