/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Procuradoria-Geral da República vai pedir que Suíça investigue conta de Romário

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Genebra - A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai pedir oficialmente ao Ministério Público da Suíça que abra investigações sobre uma suposta conta do senador Romário Faria (PSB-RJ) no país europeu. O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que o pedido de cooperação será enviado nos próximos dias para Berna.

A notícia de que Romário era dono de uma conta no banco BSI da Suíça foi noticiada pela revista Veja em julho deste ano. A publicação chegou a divulgar um extrato da conta com um saldo num valor equivalente a R$ 7,5 milhões. O senador contestou a reportagem. Dias depois, Romário viajou para Genebra e afirmou não ter encontrado a conta. O banco BSI confirmou que o senador não era correntista naquela data e abriu um processo no MP local por causa de um extrato supostamente falso. Para verificar se a conta estava ou não ativa, a reportagem de "O Estado de S. Paulo" depositou US$ 1,00 na conta, mas o dinheiro retornou. O banco não declarou se Romário havia sido um de seus clientes no passado. A revista Veja emitiu um comunicado admitindo o erro e pedindo desculpas ao senador.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

O assunto, porém, ganhou um novo capítulo na semana passada. Na gravação que levou à prisão o banqueiro André Esteves, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo Dilma Rousseff, e o advogado Edson Ribeiro sugerem que Romário fez um acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que mantém boa relação com o banqueiro.

O caso é mencionado na conversa gravada no dia 4 de novembro deste ano pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo. "Ai tá, pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes com o Pedro Paulo, é, com o Romário", diz Delcídio. "Ué, fizeram acordo né?", comenta Ribeiro. "Diz o Eduardo que fez", afirma o senador do PT. "Tranquilo. Tinha conta realmente do Romário", ressalta Ribeiro. Surpreso, o filho de Cerveró questiona: "Tinha essa conta?". Na sequência, Delcídio conclui: "E em função disso fizeram acordo".

O BSI, citado na matéria da Veja, foi o banco que Esteves adquiriu na Suíça.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

No fim da semana passada, Romário afirmou que pediria ao Ministério Público uma investigação para verificar se em algum momento ele foi titular de conta na Suíça - antes, o senador negava ter sido correntista de alguma instituição no país europeu.

Agora, a PGR quer saber dos suíços o que existe de fato como extratos dessa suposta conta. Berna, se aceitar o pedido, tem o poder de exigir que o BSI abra seus dados e explique em que época o senador teria mantido dinheiro depositado na Suíça.

No Brasil, Romário já indicou que ele é o "maior interessado" em que se esclareça o caso. Na sexta-feira, o senador protocolou um ofício na PGR para que o órgão peça a abertura de investigação na Suíça. "Quando eu jogava na Europa, tive conta no BSI. Só não sei o ano. Eu não me lembro, mas acredito que se a conta não é movimentada, ela é fechada automaticamente", declarou Romário ao jornal O Globo.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.