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Política

Presidente do México enfrenta suspeitas de corrupção

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Cidade do México - A reputação do presidente do México, Enrique Peña Nieto, foi posta em xeque após uma reportagem revelar que a primeira-dama comprou uma mansão avaliada em US$ 7 milhões do Grupo Higa, vencedor de importantes licitações realizadas pelo governo federal.

A polêmica surge dias após Nieto suspender um contrato de US$ 3,7 bilhões para a construção de uma linha de trens de alta velocidade. A decisão foi tomada após companhias como a Bombardier e a Alstom criticarem o período de apenas dois meses dado para a elaboração das propostas do leilão. O consórcio de empresas chinesas que havia vencido a licitação tem relações com o Grupo Higa.

A mansão da primeira-dama Angéica Rivera, uma ex-atriz de novelas mexicanas, pertence à companhia Ingenieria Inmobiliaria del Centro, relacionado ao Grupo Higa. Segundo informou Eduardo Sánchez, um porta-voz da Presidência, ao The Wall Street Journal, o imóvel tem seis quartos e se localiza em um dos bairros mais exclusivos da Cidade do México.

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Sánchez esclarece que Rivera deu uma entrada de 30% no valor do imóvel em janeiro de 2012, sete meses antes de seu marido assumir o governo do México, e que o restante tem sido pago em parcelas sem atrasos. Com o fim dos pagamentos, o imóvel será transferido para o seu nome. O valor pago pela mansão não foi nomeado, bem como os termos do contrato, pois a família de Nieto optou por se valer de uma nova resolução que não obriga que o patrimônio da primeira-dama seja divulgado.

O caso pode levantar questionamentos sobre os laços entre as construtoras do país e o presidente em uma época em que o governo está engajado em grandiosos projetos de infraestrutura, assim como na abertura do mercado de energia à iniciativa privada - algo considerado politicamente sensível.

Além de integrar o consórcio vencedor do contrato dos trens e ser dono da mansão da primeira-dama, o Grupo Higa acumula ganhos na gestão Nieto. Uma empresa chamada Constructora Teya venceu um contrato de US$ 500 milhões para a construção de um hospital público, enquanto uma empresa chamada Eolo Plus, do dono do Grupo Higa, alugou jatos particulares na campanha presidencial de Nieto.

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"Isso parece um ato de corrupção ou de tráfico de influência, o que irá impor um forte golpe à imagem do presidente", diz José Antonio Crespo, analista político no centro de pesquisa de Ciência Sociais CIDE.

A controvérsia a respeito da mansão pode reavivar memórias dos escândalos de corrupção passados sob o governo do Partido Revolucionário Institucional, que comandou o país por 71 anos até perder as eleições em 2000. O partido retornou à Presidência em 2012 com Nieto, um político que ganhou reconhecimento internacional ao implementar grandes reformas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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