/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Em Brasília, 400 vão às ruas por impeachment de Dilma

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Brasília - Munidos de cartazes com os dizeres "Chega de fazer o diabo com o Brasil", cerca de 400 pessoas se reuniram na tarde deste sábado (15), em Brasília, para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, após as novas revelações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, escancarando um esquema de corrupção na Petrobras. A queima de dois bonecos, fazendo alusão à presidente e ao seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, marcou o protesto, que durou cerca de duas horas. A convocação para o ato ocorreu pelas redes sociais.

"O PT precisa entender que o Brasil não é deles", disse o empresário Luiz Guilherme, de 51 anos, morador de Valparaíso de Goiás (GO), município situado a 35 quilômetros de Brasília. "Os desmanches que os petistas fizeram superaram muito os do Collor. Por que essas novas prisões da Lava Jato não ocorreram antes das eleições?"

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Carregando uma bandeira do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB), o aposentado Homero Vieira, 83, afirmou que foi às ruas para lutar por um Brasil melhor para seus cinco filhos e nove netos. "É o pior período da história do nosso País", lamentou.

Já a técnica de enfermagem Renata Gonçalves, 39, até agora não acredita no resultado das urnas e engrossou o coro daqueles que pretendem se mudar para os Estados Unidos. "O Sistema Único de Saúde está largado", disse Renata, que votou em 2002 em Lula e desde então "nunca mais" escolheu o PT.

O protesto foi organizado nas redes sociais, via Facebook, e por um grupo do What's App intitulado "Despetiza, Brasil", sem o respaldo de nenhum partido político. "Dilma não tem autoridade moral para governar o País, não tem apoio do Congresso nem de ninguém e o PT quer botar o Lula como salvador da Pátria em 2018", provocou a funcionária pública Izabela Souza, 43, locutora da manifestação. "O PSDB tem de parar de fazer oposição como se fosse partido da Europa. Tem de ser mais veemente."

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

A maioria dos manifestantes levava bandeiras e adesivos de Aécio. A professora Tuca Reichert, 59, era uma das poucas exceções. Ela vestia uma camisa da candidata derrotada Marina Silva (PSB). "Dilma precisa ser colocada para fora", disse Tuca, alertando para a suposta "manipulação de dados" nas urnas da Justiça Eleitoral.

Cartazes

Os cartazes dos manifestantes tinham palavras de ordem como "Impeachment já!", "Queremos voto impresso", "Imprensa calada e comprada", "Apuração secreta é fraude", "Chega de 'fazer o diabo' com o Brasil", "Intervenção militar já" e "Fim das urnas eletrônicas". Na trilha sonora, "Que país é esse?" e "Brasil, mostra tua cara" foram entoados pelo público.

A Polícia Militar acompanhou o protesto do início ao fim, que foi encerrado logo após a queima dos bonecos de Lula e Dilma, quando começou a chover. Os manifestantes ocuparam duas das seis faixas de trânsito do Eixo Monumental.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

A ala de retardatários ficou por conta do motorista baiano Antônio Filho, 36 anos, que passava pela Rodoviária de Brasília quando esbarrou na manifestação. "Isso aqui não é (a favor) da Dilma?", perguntou ele à reportagem, surpreso ao descobrir que o ato era contra a presidente reeleita, de quem se diz simpatizante.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.