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Política

Duas auditorias da estatal estão sob chefia de Cosenza

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio de Janeiro - Apontado por Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa como um dos beneficiários das "comissões" pagas por empreiteiras com contratos com a Petrobras, o atual diretor de Abastecimento da companhia, José Carlos Cosenza, é o responsável por validar o resultado de duas auditorias internas da estatal. Caberá a ele julgar e punir eventuais envolvidos em desvios na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Rnest), as duas principais obras sob investigação da Operação Lava Jato. Pelo regimento da estatal, o diretor das áreas investigadas é responsável por analisar em conjunto com o setor jurídico da empresa as punições cabíveis a eventuais funcionários envolvidos em irregularidades e casos de corrupção.

Cosenza é o primeiro integrante da atual diretoria a ser citado nas denúncias investigadas pela Polícia Federal. Ele era subordinado a Paulo Roberto Costa até 2012, atuando na gerência de Refino da diretoria de Abastecimento. Com a saída do ex-diretor, Graça Foster o nomeou para o cargo, atribuindo a ele "virtudes intangíveis" e classificando seu trabalho como "espetacular". Na segunda-feira, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, informou que os relatórios finais das auditorias já estão com os diretores responsáveis, mas não há prazo para punições.

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As investigações internas apontaram pelo menos oito funcionários ainda na ativa como beneficiários e facilitadores de desvios na estatal. Entre eles há pessoas em cargos executivos e gerentes de subsidiárias, segundo uma fonte que teve acesso aos relatórios. As auditorias foram apresentadas na última sexta-feira ao Conselho de Administração.

Questionada se o suposto envolvimento do diretor poderia prejudicar o andamento das apurações internas e a aplicação de penalidades, a Petrobrás não se manifestou. Tanto o doleiro quanto o ex-diretor Paulo Roberto Costa afirmaram em depoimento que Cosenza teria se beneficiado de "comissões" distribuída por empreiteiras para garantir contratos na estatal. O atual diretor negou "veementemente" envolvimento em casos de corrupção. Em nota, ele disse ainda desconhecer Alberto Youssef.

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