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Política

Camilo Cola é denunciado por suspeita de compra de votos durante campanha

Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral do Estado, durante a campanha eleitoral deputado teria feito oferta para pagar festa de formatura de alunos do Ifes de Alegre

Redação Folha Vitória
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Camilo Cola tentou se reeleger deputado federal neste ano Foto: Agência Câmara
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O deputado federal Camilo Cola (PMDB) foi denunciado pela Procuradoria Regional Eleitoral no Espírito Santo (PRE/ES) por prática de compra de votos, nas eleições desta ano. Na ocasião, o parlamentar tentava a reeleição ao cargo, o que não aconteceu.

De acordo com a denúncia, o então candidato fez uma oferta para pagar a festa de formatura de alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), no campus de Alegre. Por causa disso, a PRE quer a cassação do registro da candidatura do deputado federal. 

Além dele, também é alvo da representação Mitter Mayer Volpasso Borges, sobrinho da esposa do deputado. A PRE quer a aplicação de multa para ambos, que pode chegar a R$ 53 mil para cada um.

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As condutas irregulares foram denunciadas por meio do Sistema Pardal, disponível no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Segundo a representação, Camilo Cola pousou com helicóptero particular no campo de futebol do Ifes, campus de Alegre, no dia 15 de setembro. 

Na oportunidade, ele teria distribuído material de campanha e prometido financiar a festa de formatura das turmas de 3º ano do Ensino Médio da instituição. A proposta teria sido intermediada por Mitter, que é ex-aluno do Ifes de Alegre.

Ainda de acordo com a denúncia, por meio de mensagem enviada pelo Whatsapp e repassada entre os alunos, Mitter se refere à oferta de financiamento da formatura como uma oportunidade e afirma que todos os anos o candidato contribui com a formatura de diversas instituições, principalmente as faculdades de Cachoeiro de Itapemirim. Diante do fato, teria sido criada uma comissão, alheia às comissões de formatura existentes, com propósito exclusivo de intermediar as conversas e receber o dinheiro.

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Durante as investigações, foram ouvidos alunos, funcionários e a direção do Ifes. O procurador da República, Carlos Vinicius Cabeleira, também adotou as providências para que seja apurado um possível crime de falso testemunho por parte dos estudantes, já que há informações de que eles haviam sido instruídos por Mitter a omitir a oferta de financiamento da formatura durante a campanha eleitoral. 

De acordo com a denúncia, Mitter esteve no Ifes, no dia 2 de outubro, cerca de três horas antes do horário marcado para os depoimentos do alunos, e conversou reservadamente com eles. Ainda segundo a PRE, há fotos que confirmam o encontro.

Conduta vedada

Além da prática da compra de voto, Camilo Cola também é acusado de incorrer em conduta vedada a agente público, quando teria usado as dependências do Ifes para se reunir com alunos em idade de alistamento eleitoral, distribuir material de campanha e oferecer vantagens pessoais em troca de voto. Segundo a PRE, fotos da visita do candidato foram publicadas em sua página no Facebook.

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Para a realização de campanha eleitoral em imóveis pertencente à Administração direta ou indireta da União, a legislação prevê multa que varia entre R$ 5.320,50 e R$ 106.410,00, além da cassação do registro da candidatura ou do diploma. 

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa de Camilo Cola, mas não conseguiu até o fechamento desta reportagem.

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