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Política

Tarcísio diz que inteligência interceptou PCC orientando voto em Boulos

Após declaração do governador, candidato do PSOL reagiu dizendo que fala seria "mentirosa"

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
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Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou neste domingo, 27, que a inteligência do Governo interceptou mensagens do Primeiro Comando da Capital (PCC) incentivando votos no candidato Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo. 

Tarcísio não apresentou provas ou se aprofundou sobre o assunto. Em resposta, Boulos disse que entrará na Justiça contra o chefe do Poder Executivo estadual: "Declaração mentirosa".

De acordo com Tarcísio, "providências foram tomadas para a tranquilidade da eleição. Policiamento foi reforçado nas cidades com segundo turno", afirmou em coletiva à imprensa, após votar no Colégio Miguel de Cervantes, no Morumbi. O governador estava acompanhado do prefeito da Capital e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), do candidato a vice Mello Araújo (PL) e do filho do ex-prefeito Bruno Covas, Tomás Covas.

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Em resposta, o candidato Boulos afirmou que "o candidato que ele apoia (Ricardo Nunes) que botou o PCC na Prefeitura de São Paulo". De acordo com o candidato, Tarcísio será processado.

Na quinta-feira, 24, o Estadão mostrou que o Ministério Público Eleitoral (MPE) prepara ações para impedir a diplomação de doze candidatos eleitos nesta eleição no Estado de São Paulo. São eles dois prefeitos - entre os quais um de uma grande cidade do interior - e dez vereadores. Há ainda um 13º suspeito que disputa o segundo turno na Grande São Paulo.

Além deles, outras 57 candidaturas suspeitas de envolvimento com organizações criminosas foram acompanhadas durante o primeiro turno das eleições pelos órgãos de segurança, mas não foram eleitas. 

A Procuradoria Regional de São Paulo apresentou esses dados em reunião com outra as procuradorias regionais, o que levou a ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a demonstrar preocupação com a infiltração da criminalidade organizada nas eleições deste ano.

Em Santos, suposta carta de integrante do PCC pedia voto contra aliada de Bolsonaro

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Uma carta com supostas orientações de dois integrantes do PCC foi interceptada por autoridades em 10 de outubro, dias depois do primeiro turno. De acordo com o texto, havia determinação para não votar em Rosana Valle (PL), que disputa o segundo turno contra Rogério Santos (Republicanos).

O "salve" afirma que Rosana é "inimiga número 1" da cúpula na Baixada Santista por se alinhar com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, responsável por comandar operações nos municípios da região contra a facção criminosa.

Procurada, via assessoria, Rosana disse que as mensagens e orientações do PCC demonstram que ela segue do lado certo da história e que está ao lado da Justiça e da Segurança Pública.

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