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Política

Haddad diz à Rede Minas que responsabilidade fiscal tem de ser 'inteligente'

Estadão Conteudo

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O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, negou em entrevista exibida nesta segunda-feira, 15, pela Rede Minas ser contra a responsabilidade fiscal. "Não sou contra à responsabilidade fiscal, é um erro dizer isso. A Prefeitura de São Paulo ganhou grau de investimento pela Fitch na minha gestão. Mas a responsabilidade fiscal tem de ser inteligente. No governo Temer, por exemplo, houve corte de gastos com ajuda do (Jair) Bolsonaro. O déficit público não melhorou e a dívida pública, tampouco", afirmou o petista.

O candidato afirmou ainda que o patamar atual da dívida pública não é bom. "A gente tem de mostrar ao mercado a trajetória dela (da dívida pública). Não é cortando a aposentadoria rural, o benefício de prestação continuada que a economia vai melhorar. Ao contrário, vai piorar. O problema é de combo, de combinação de ações. Tem de cortar, mas saber cortar, sobretudo de privilegiados", disse o petista.

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Haddad disse ainda que, se for eleito, o investimento deve vir também com apoio do capital privado. "Não vai ser só com investimento público que vamos resolver problemas, temos de ter parcerias", afirmou.

O petista se disse ainda preocupado com a eventual vitória de Bolsonaro (PSL) devido à possibilidade de retrocesso em políticas públicas. Ele aproveitou ainda para criticar João Doria (PSDB), que o sucedeu na Prefeitura e é candidato ao governo paulista.

"Destruir é muito fácil, construir uma política pública é difícil. São anos para botar política pública de pé. Veja o que Doria fez com São Paulo. Se Deus quiser, o Doria não vai ganhar a eleição. Não por ideologia, mas pela destrutividade (sic) dele", afirmou.

Reforma bancária

O candidato do PT afirmou, na entrevista, que houve um erro de avaliação do governo em relação à queda dos juros e que, devido a isso, a reforma bancária é necessária.

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"O Brasil tem um problema crônico que nós mesmos não enfrentamos. A gente achava que, quando a Selic baixasse, a taxa ao tomador iria diminuir. Mas o juro do banco não caiu. Eu achava que a Selic era o maior problema brasileiro no ponto de vista de crédito. Se não fizermos a reforma bancária, o juro não cai", afirmou o candidato.

PSDB

Haddad afirmou ainda que toda a classe política foi demonizada na eleição de 2018, e não apenas o PT. "Vivemos um período de demonização da classe política. Veja o caso do PSDB. O PSDB ficou quase nanico perto dos demais", afirmou Haddad.

O petista se comprometeu ainda em combater a corrupção em caso de ser eleito. "Com todo o impulso que o governo puder dar. Fortalecendo a PGR Procuradoria-Geral da República, o Poder Judiciário, sou 100% a favor da Lava Jato. Não podemos, a pretexto disso, partidarizar uma operação tão importante como esta", afirmou.

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