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Política

Candidato do PSL rejeita reforma de Temer

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O candidato Jair Bolsonaro (PSL) disse na terça-feira, 9, que vai fazer sua própria proposta para a reforma da Previdência e que o projeto enviado ao Congresso pelo governo Michel Temer não tem chance de ser aprovado. "Acredito que a proposta do Temer como está, se bem que ela mudou dia após dia, dificilmente será aprovada. A proposta deve ser mais consensual."

Em referência aos servidores públicos, Bolsonaro disse que vai "acabar com essa fábrica de marajás" e "fazer uma reforma da Previdência justa". "Tem muitos locais no Brasil que o servidor público tem um salário X e tem um cargo de comissão que, depois de oito e dez anos, ele incorpora (no salário) o cargo de comissão."

Mais cedo, o coordenador político da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), já havia declarado que a reforma proposta por Temer não faz parte do programa de governo do candidato e que a base dele não deve se movimentar, caso seja eleito, para a aprovação do texto - que já foi aprovado em comissão na Câmara - ainda neste ano.

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"Não tem no plano, não tem nas conversas", disse. "O Jair não era a favor dessa reforma e a maioria das pessoas que o apoiaram não são a favor dessa reforma porque ela é ruim. É uma porcaria e não resolve nada", disse.

Entre outros pontos, a proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo Temer em dezembro de 2016 estipula idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) para se aposentar no Brasil, com uma regra de transição de 20 anos. Segundo a equipe de Temer, a proposta original enviada ao Congresso significaria uma economia de R$ 800 bilhões em dez anos nas contas da Previdência. No entanto, o governo precisou ceder e afrouxar as regras, o que fez com que a economia estimada também caísse.

Segundo o Onyx, cotado para ser o ministro da Casa Civil de um eventual governo Bolsonaro, os programas de governo do capitão da reserva começarão a ser construídos, caso ele seja eleito, em 2019 e não antes. O presidente Temer disse que conversaria com o eleito para tentar aprovar a reforma que está na Câmara ainda este ano. Para isto, interromperia a intervenção militar no Rio de Janeiro. A suspensão da intervenção é necessária já que a reforma previdenciária que está no Congresso é feita por uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que não pode ser votada com um Estado sob intervenção.

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"Por que no plano de governo do Jair não tem plano específico? Porque isso é uma armadilha que os marqueteiros impuseram aos políticos", disse. "Se o Jair for escolhido, nossas ações iniciam só em 2019", afirmou Onyx. O deputado é cotado para ser ministro-chefe da Casa Civil de um eventual governo do governo do capitão reformado.

Contradições

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), há uma contradição na equipe de Bolsonaro sobre a necessidade da Previdência. O coordenador do programa econômico, Paulo Guedes, já fez menções à necessidade de uma reforma previdenciária para "anteontem" e lembrou que Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se ofereceram para tentar votar a proposta depois das eleições. O vice, general Hamilton Mourão (PRTB), também defendeu, em sabatina no banco BTG Pactual, que a proposta fosse aprovada antes da posse do novo presidente.

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No programa de Bolsonaro é defendida a introdução paulatina de um modelo de capitalização, em que o governo retira os recursos do trabalhador, mas o coloca em um fundo para ser sacado no futuro, com correção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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