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Política

Gilmar interrompe Moraes e critica decisão da 1ª Turma de afastar Aécio

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
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Brasília - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), interrompeu o voto do colega Alexandre de Moraes para fazer críticas à decisão da 1ª Turma da Corte que afastou do mandato o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

"Veja a ousadia, a arbitrariedade: retirar um senador da bancada de um Estado", disse o ministro. Segundo ele, que afirmou que a Corte tem produzido "decisões aberrantes em série", o afastamento de um senador do cargo é o "direito achado na rua, de forma irresponsável".

"Cada vez mais temos que repudiar o direito constitucional da malandragem, que permite que a mesma norma sirva para uma e para outra situações diferentes", disse Gilmar.

Durante a sessão desta tarde, o ministro Edson Fachin propôs a rejeição da ação que pede à Corte a possibilidade de que o Congresso revise o afastamento e outras medidas cautelares impostas a parlamentares. Gilmar criticou o voto de Fachin, ao defender que a constituição não prevê uma interpretação restritiva da imunidade parlamentar.

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"Estamos falando de garantia básica, lapidar do sistema de divisão dos poderes. Mas não emana da Constituição qualquer ideia de diminuição da imunidade parlamentar, porque essa é uma garantia que não é da pessoa parlamentar, é da instituição, da democracia", disse Gilmar. O ministro também afirmou que não há jurisprudência da Casa no sentido de restringir a interpretação sobre a imunidade. "Não emana do texto constitucional a diminuição da imunidade parlamentar em nome de qualquer republicanismo que se queira", afirmou Gilmar.

Segundo o ministro, a Corte está "mexendo com o princípio federativo" ao afastar um congressista do cargo, pois altera a bancada dos Estados no Legislativo.

"Vamos suspender um parlamentar? Por quantos anos? Qual é o tempo?", questionou Gilmar Mendes.

O ministro também chamou de "constrangedora" decisão do plenário do STF que recebeu denúncia contra o senador Renan Calheiros. A única ação penal a que o senador responde na Corte trata de investigação iniciada em 2007 por suspeita de que empreiteira estivesse pagando suas despesas pessoais.

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"Começou aquela investigação que se dizia que a empreiteira pagava pensão alimentícia de um filho tido em relação extraconjugal do senador. E que terminou de forma pouco gloriosa: se ele tinha recebido indevidamente R$ 3 mil de uma locação de automóvel", disse Gilmar. Ele sugeriu que a Corte recebeu a denúncia contra Renan por "pressão da mídia".

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