/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Modelo de reforma de Dilma é 'equívoco', diz Álvaro Dias

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Brasília - O vice-presidente do PSDB e senador reeleito Alvaro Dias (PR) disse nesta terça-feira, 28, que a intenção da presidente Dilma Rousseff (PT) de aprovar uma reforma política no Congresso por meio de um plebiscito é um "novo equívoco". O modelo de se fazer uma consulta popular sobre as mudanças nas regras político-eleitorais antes de enviar uma proposta para votação no Congresso já havia sido rechaçada em meados do ano passado pelos parlamentares, após os protestos da metade de 2013.

Para o tucano, a sugestão de Dilma, apresentada durante seu discurso de vitória no domingo, 26, à noite, se trata de uma "manobra diversionista". Para ele, a reforma política tem sido debatida há décadas no Congresso e os partidos políticos já têm a "exata noção" do que deve ser alterado nas regras.

"Me parece um novo equívoco (o modelo proposto por Dilma). Nós estamos diante de gravíssimos problemas no País e nenhuma manobra diversionista neste momento acrescenta ou contribui para a solução dos problemas nacionais", afirmou o senador do PSDB, que foi reeleito com a maior votação proporcional para o cargo destas eleições, 77% dos votos válidos.

'Desvio de foco'

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Alvaro Dias, que está de licença do cargo até o início de dezembro, mas esteve no Senado no começo da tarde, disse que o fato de um novo Congresso ter sido escolhido nas eleições deste mês autoriza os parlamentares a realizar a reforma sem a necessidade, a priori, de se fazer uma consulta popular. "Saímos das urnas agora, portanto, autorizados a promovê-la. Eu não imagino um plebiscito nesta hora, seria um desperdício", argumentou ele, ao considerar a medida um "desvio de foco" e mais uma vez uma "manobra diversionista".

O tucano disse que a presidente poderia, por exercer um "cargo imperial", estabelecer um cronograma para se aprovar a reforma e enviar ao Congresso um projeto de lei em regime de urgência constitucional para que a proposta seja aprovada "o mais rapidamente possível". Esse tipo de projeto tranca a pauta do plenário da Câmara dos Deputados, se não for votado 45 dias após ter sido enviado pelo Executivo.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Embora diga que não seja necessária uma consulta popular, Alvaro Dias afirmou que poderia até discutir a realização de um referendo, caso ocorresse durante as eleições municipais de 2016. "Entendo que a reforma política amadureceu durante vários anos e nós sabemos que é preciso conferir ao País um novo poder político porque esse modelo produziu desgaste, é antiquado e está superado", afirmou. "Em matéria de consulta popular, o referendo seria o ideal, porque não há como desautorizar o Congresso recém-eleito. Ele está autorizado a realizar a reforma política", completou.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.