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Política

Líder do PSB diz que proposta de diálogo 'não é sincera'

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Porto Alegre - O deputado federal Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara, afirmou nesta quarta-feira, 29, que não é sincera a disposição da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) de dialogar com todas as forças políticas. "Se fosse para pedir desculpas pelas mentiras e calúnias, pelas inverdades que foram desferidas a nós ao longo da campanha, até valeria a pena sentar e conversar, mas não acredito que seja sincero por parte da Dilma esse tipo de manifestação. Acho que ela tem de tratar de governar com seus aliados e cumprir as suas tarefas", afirmou em entrevista, antes de participar de reunião do diretório estadual do PSB, na capital gaúcha. Na ocasião, ele foi presidente do PSB gaúcho.

O deputado gaúcho, que foi candidato a vice na chapa de Marina Silva, é o atual líder do seu partido na Câmara, mas ficará sem mandato a partir de janeiro. Provavelmente, participará da administração do governador eleito no Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), aliado do PSB no Estado.

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Beto se disse surpreso pela informação de que o presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, estaria entre os nomes defendidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Ministério da Fazenda no novo mandato de Dilma, conforme reportagens publicadas nos últimos dias. "Afinal, éramos nós que tínhamos a proposta de entregar o governo aos bancos? Ou é o PT que depois da eleição volta a se encontrar com os bancos, que foram os que mais ganharam dinheiro ao longo dos 12 anos de governo petista", questionou.

De acordo com o parlamentar, não faz sentido pensar em uma proposta de diálogo com um partido que muda de opinião "tão rapidamente". Beto reforçou que, nos próximos quatro anos, o PSB fará oposição com a cara do partido. "Não vamos misturar o nosso movimento de oposição ao PSDB, ao DEM, que têm um outro propósito, embora tenham recebido nosso apoio no segundo turno. Fôssemos iguais e pensássemos iguais, teríamos estado juntos no primeiro turno", explicou.

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Segundo Beto, a oposição do PSB será crítica, mas não raivosa. "Nossa oposição será propositiva. Vamos fiscalizar do início ao fim o governo da Dilma, nas suas promessas e projetos, e queremos independência para isso", falou.

Beto também revelou que vê com naturalidade o fato de Marina ter reafirmado sua intenção de criar a Rede Sustentabilidade, já que sempre se soube que seu ingresso no PSB seria passageiro. O discurso segue o mesmo tom da postura adotada por outras lideranças do PSB. "Não há nenhum constrangimento. Se o desejo dela for realmente fazer a Rede, lhe desejamos sucesso", disse o deputado, antes de completar: "Mas quero reiterar que o PSB vai se manter na oposição porque quer ter candidato próprio em 2018 à Presidência da República. Vamos manter essa nossa linha iniciada por Eduardo Campos em 2014."

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