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Política

Lula exonera ministro Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

Dentre as possíveis vítimas do agora ex-ministro está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que confirmou em reunião que teria sido assediada

Redação Folha Vitória

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Foto: Ricardo Stuckert
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O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) exonerou o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, nesta sexta-feira (6), após denúncias de assédio sexual. 

Nesta sexta-feira, o presidente chegou a afirmar que "quem pratica assédio sexual não pode ficar no nosso governo", o que já indicava o possível afastamento do então ministro. 

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“Meu governo tem a prioridade de fazer com que as mulheres se transformem em uma parte importante na política nacional. Então, eu não posso permitir que tenha assédio”, disse em entrevista à Rádio Difusora Goiana. 

Ainda segundo Lula é necessário que haja uma investigação minuciosa sobre o caso. 

“Mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”, completou. 

Dentre as possíveis vítimas do agora ex-ministro, está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que confirmou em reunião que teria sido assediada por Silvio Almeida. 

Após a confirmação da ministra, a primeira dama Janja da Silva publicou uma foto nas redes sociais que mostra o presidente Lula beijando a testa de Anielle. 

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a professora e candidata a vereadora de de São Paulo, Isabel Rodrigues (PSB), relatou que foi assediada por Almeida em agosto de 2019 e que ele teria passado a mão em suas partes íntimas. 

"Sentei do lado dele e não sei por qual motivo ele se achou no direito de invadir as minhas partes íntimas sem o meu consentimento. A violência sexual sofrida há cinco anos foi tema em sessões de terapia. Pensei muitas vezes em denunciar. Não o fiz por vários motivos, e o motivo maior, foi o medo disso voltar contra mim", disse. 

Relembre o caso

As denúncias contra o ministro foram divulgadas pela Organização Não Governamental (ONG) "Me Too Brasil". 

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De acordo com o Me Too Brasil, as mulheres que denunciaram o ministro foram atendidas pelo canal de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico. 

A organização informou ainda que as supostas vítimas autorizaram que as denúncias fossem divulgadas à imprensa. As identidades das denunciantes serão mantidas em sigilo.

De acordo com a Me Too Brasil, o fato de se tratar de uma pessoa em posição de poder faz com que as vítimas tenham dificuldade em realizar suas denúncias.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias”, destacou a instituição.

O movimento diz oferecer “suporte incondicional às vítimas, mesmo que isso envolva enfrentar grandes forças e influências associadas ao poder do acusado”.

Ministro repudia as acusações

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Após a repercussão do caso, Silvio Almeida divulgou uma nota negando as acusações feitas contra ele. “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”, afirmou Almeida, acrescentando que as denúncias são “falsas acusações”.

Almeida disse que vai enviar ofícios à CGU (Controladoria-Geral da União), ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à PGR (Procuradoria-Geral da República) para que “façam uma apuração cuidadosa do caso”.

*Com informações do Metrópoles 

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