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Política

Lideranças do DEM e do PSL no ES opinam sobre fusão dos partidos

Reportagem do Folha Vitória conversou com Amarildo Lovato, secretário-geral do PSL no Espírito Santo, e Theodorico Ferraço, líder do DEM

Luana Damasceno de Almeida

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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O DEM e o PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), estão em negociação para virar uma sigla só. As tratativas estão acontecendo em Brasília, sob o olhar atento e, por vezes, receoso dos dirigentes regionais. 

A reportagem do Folha Vitória conversou com Amarildo Lovato, secretário-geral do PSL no Espírito Santo, e Theodorico Ferraço, líder do DEM. 

Ponderado, o deputado estadual disse que prefere esperar a fusão para opinar. Ainda assim, ao ser questionado se é a favor da medida, Ferraço disse que tudo que vem para fortalecer o partido é bom. "Só depende da circunstância, de como vai acontecer". 

O parlamentar também se mostrou tranquilo quanto a possiblidade de deixar a legenda dependendo do que ficar definido, e elogiou o presidente nacional do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto. 

"Chance sempre tem, mas eu prefiro analisar isso depois da fusão. Após a fusão todos nós estamos livres para aceitar ou não. Estou muito confiante no entendimento com o ACM Neto, que é meu amigo. Confio muito nele", afirmou. 

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Theodorico tem a caneta na mão quando o assunto é o DEM-ES. O descontentamento com os termos da aliança precisam ser robustos para uma eventual ruptura com a sigla. 

Já Amarildo Lovato antecipou que discorda do movimento de unir os partidos. "Respeito e apoio qualquer decisão tomada pelo Luciano Bivar, mas eu não faria essa fusão. São dois partidos grandes e lá na frente pode ter alguma ruptura em relação ao comando. A gente fica preocupado porque não sabemos como vai ficar o Espírito Santo", afirmou. 

Lovato ainda afirmou que, com a aliança, é muito provável que o DEM-PSL tenha candidato para disputar os governos federal e estadual, e que tem conversado com lideranças do Espírito Santo, como Audifax Barcelos (Rede) e o governador Renato Casagrande (PSB). Segundo o empresário, o partido ainda vai dialogar com Ricardo Ferraço, que se filiou ao DEM recentemente. 

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Sobre um eventual apoio à reeleição de Casagrande, ele teceu elogios ao governador, e disse que hoje não vê candidato competitivo para disputar com o socialista. Entretanto, destacou que a decisão não depende dele. "A gente precisa esperar a fusão acontecer para reunir as diretorias dos partidos no Estado para tomar a melhor decisão possível". 

Vejam tambem: DEM decide, por unanimidade, dar o pontapé inicial para fusão com PSL

Fusão dos partidos PSL-DEM cria força política de direita

DEM E PSL NO ESPÍRITO SANTO

Nas eleições municipais de 2020, o DEM elegeu 51 nomes, entre prefeitos, vices e vereadores. Foi o 9º partido com mais eleitos. O PSL elegeu 19 candidatos, ficando na 17ª posição. Juntos, subiriam para a 5ª posição do ranking, com 70 eleitos. 

Na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) somente Theodorico Ferraço é filiado ao DEM. Já o PSL conta com Alexandre Quintino, que faz parte da base do governador Renato Casagrande (PSB) na Casa de leis, e Torino Marques, oposição ao governo estadual. Na Câmara dos Deputados tem Norma Ayub (DEM) e Soraya Manato (PSL). 

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É claro que, após a fusão, alguns nomes devem deixar os partidos, como os bolsonaristas Torino e Soraya. Ainda assim, a aliança vai refletir em mais poder de articulação, dinheiro e força para as siglas no Espírito Santo. 

MAIOR PARTIDO DO PAÍS 

Se concretizado, o novo partido terá a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, além de sete senadores, três governadores, o maior tempo de rádio e televisão na campanha de 2022 e os maiores fundos eleitoral e partidário. 

A presidência do partido deve ficar com Luciano Bivar, atual presidente do PSL, e a secretaria-geral com ACM Neto, presidente do DEM. Já o número da sigla deve ser o 25, do DEM. O objetivo é não vincular a aliança ao "17", número que elegeu o presidente Bolsonaro em 2018. 

Nessa terça-feira (21) a executiva nacional do DEM se reuniu e deu o primeiro passo para a fusão com o PSL. O início das discussões para se unir ao partido foi aprovado por 40 votos favoráveis e nenhum contrário. Participaram do encontro líderes nacionais do DEM, como o presidente da sigla, ACM Neto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.







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