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Política

Promotor acusa defesa de Beto Richa (PSDB) de adotar 'estratégia duvidosa'

Estadão Conteudo

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O promotor Leonir Batisti, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), acusou neste sábado, 15, a defesa do ex-governador Beto Richa (PSDB) de ter direcionado o pedido de liberdade do tucano ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes numa "estratégia altamente duvidosa em termos legais".

Os advogados de defesa do ex-governador, que é candidato ao Senado nas eleições 2018, e da mulher dele, Fernanda Richa, pediram ao STF a revogação da prisão temporária decretada pela Justiça paranaense alegando que houve descumprimento da decisão na qual o Supremo proibiu conduções coercitivas. A defesa sustentou que a prisão de Richa foi decretada para burlar esse veto. Como o processo que proibiu as conduções coercitivas é de relatoria de Gilmar Mendes, coube ao ministro julgar o pedido de soltura.

Gilmar - que criticou a operação que levou o político para a cadeia - concedeu a liberdade a Richa menos de uma hora depois de a 13.ª Vara Criminal de Curitiba transformar a prisão temporária que havia sido decretada contra o governador em preventiva - que determinaria que ele ficaria preso durante o processo. Richa foi solto.

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"Essa decisão do ministro Gilmar Mendes (pela libertação de Richa) foi dirigida para que este ministro proferisse a decisão, e a posição dele já era sabida por entrevista à imprensa. Um ministro escolhido em circunstâncias por uma estratégia altamente duvidosa em termos legais, dado que não houve distribuição, não foi proferido por ministro de plantão", declarou o promotor.

Gilmar mandou soltar ainda os outros presos pela Operação Radiopatrulha, que investiga suspeitas de um esquema de propinas em contratos de manutenção de estradas rurais no Paraná. Na decisão, o ministro afirmou que a ordem contra Richa tem "fundo político, com reflexos no sistema democrático".

O promotor voltou a defender a operação, ressaltando que não há impedimento legal investigações ou prisões durante o período de campanha eleitoral. "Reafirmamos a correção, isenção e impessoalidade que agimos no episódio. Se aguardássemos para depois da eleição, iríamos ouvir, caso o ex-governador vencesse as eleições, que estaríamos adotando uma ação para prejudicá-lo e enfraquecê-lo. Se, por outro lado, ele não tivesse sido eleito senador, iriam dizer que estávamos nos aproveitando para perseguir uma pessoa que já estava em situação desconfortável na sua vida política."

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Batisti disse ainda que as prisões eram necessárias porque os investigados vinham pedindo que possíveis testemunhas do caso mentissem ou omitissem fatos desde o mês passado, especialmente para esconder a compra, em dinheiro vivo, de um conjunto de salas em Curitiba, no valor de R$ 1,4 milhão. Segundo o promotor, o MP-PR está estudando a possibilidade de entrar com um recurso contra a ordem de liberdade dos investigados e, enquanto isso, está finalizando a denúncia contra o grupo.

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