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Política

'Nordeste brasileiro não é um problema, é uma solução', diz Marina Silva

Questionada sobre o que diria para os eleitores nordestinos de Lula agora, Marina disse que "as políticas de inclusão social como o Bolsa Família, vamos manter e melhorar cada vez mais"

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Marina Silva (Rede) fez uma visita neste domingo, 2, ao Centro de Tradições Nordestinas (CTN) |Foto:reprodução
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Principal herdeira dos votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, barrado de participar das eleições 2018 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em função da Lei da Ficha Limpa, Marina Silva (Rede) fez uma visita neste domingo, 2, ao Centro de Tradições Nordestinas (CTN), na zona norte de São Paulo, e distribuiu afagos ao eleitorado nordestino.

"O Brasil tem que entender que o Nordeste brasileiro não é um problema, é uma solução", disse a candidata a jornalistas, depois de uma visita de cerca de uma hora. Segundo a última pesquisa do Ibope/Estadão/TV Globo, de 20 de agosto, no cenário sem Lula nas urnas, Marina sai de 6% para 12%. O petista, que registrou 60% das intenções de voto no Nordeste, deve recorrer da decisão do TSE.

Questionada sobre o que diria para os eleitores nordestinos de Lula agora, Marina disse que "as políticas de inclusão social como o Bolsa Família, vamos manter e melhorar cada vez mais". "Nós podemos criar um novo ciclo de prosperidade para criar empregos no Brasil e, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste", completou. Para tanto, prometeu investir em energia éolica, solar, e no turismo.

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Sobre a propaganda eleitoral do PT na televisão e rádio, que não deixa claro se o candidato é Lula ou Fernando Haddad, Marina disse que, "provavelmente, tudo ainda será adequado". "Há uma decisão da Justiça que já foi tomada e provavelmente tudo isso será adequado de acordo com as notificações judiciais. A Justiça está fazendo seu trabalho. Eu não tenho nenhuma ansiedade tóxica em relação ao processo político", disse, quando questionada se tentaria judicializar a questão.

No local, a candidata conversou e tirou foto com eleitores. Uma senhora vestida de Maria Bonita, com um bacamarte (espécie de espingarda) de brinquedo a tiracolo fez um repente para a candidata e, quando pediu para tirar foto, Marina disse pediu para que a arma não aparecesse. "A gente é de paz aqui", disse à senhora.

Aos jornalistas, depois, a ex-ministra disse que não queria que "passasse a imagem de que estou fazendo apologia às armas". "Até porque não é isso o que ela (a senhora vestida de Maria Bonita) faz. Quem entende de cultura e de literatura, sabe fazer a diferenciação."

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Em outro momento, um homem que almoçava com sua esposa, grávida, pediu que a candidata gravasse um vídeo para convencer o seu pai a não votar no candidato do PSL, Jair Bolsonaro. No vídeo, Marina diz: "Estou aqui com seu filho, sua nora e seu neto. Vote pelo futuro do Brasil, vote Marina Silva presidente". Questionado pela reportagem se ele próprio votaria nela, o homem disse que nas eleições passadas sim, mas que neste ano estava indeciso.

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