Haddad descarta discutir apoio do Centrão antes do resultado do primeiro turno
Não fica bem, não é elegante, vamos continuar a trabalhar. Temos até o dia 7 para eleição", disse, durante agenda de campanha em Caxias do Sul (RS)
O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, evitou comentar nesta quinta-feira, 27, a possibilidade de buscar apoio dos partidos do Centrão (PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade) caso dispute o segundo turno das eleições 2018 para presidente. "Não fica bem, não é elegante, vamos continuar a trabalhar. Temos até o dia 7 para eleição", disse, durante agenda de campanha em Caxias do Sul (RS).
Recebido por eleitores e correligionários na Praça Dante Alighieri, no centro de Caxias do Sul, Haddad falou da necessidade de reativação da indústria na Serra Gaúcha. "Nós temos em Caxias do Sul uma das maiores produtoras de carroceria de ônibus. Nós compramos, num programa que eu criei (durante o governo Lula) mais de 35 mil ônibus escolares, uma boa parte produzida no Rio Grande do Sul, e isso parou. O Polo Naval, o estaleiro da região, está todo parado. Tinha estaleiro com mais de 30 mil postos de trabalho e hoje não tem 500 trabalhadores."
O candidato afirmou que é necessário que o governo federal use sua capacidade econômica para alavancar a produção da região. "Nós vamos usar as compras governamentais para fazer novas encomendas para a indústria local", disse.
Durante discurso, Haddad lembrou da criação da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), há 13 anos, em Bagé, na região da Campanha. "Trouxe muito emprego e oportunidade de educação, além dos institutos federais, que são os maiores do Brasil. No Rio Grande do Sul há sobra de talento, pois é um Estado desenvolvido e com um potencial enorme."
Após a breve conversa com a imprensa, Haddad caminhou pelas ruas do centro de Caxias do Sul. Esta tarde, o candidato cumpre agenda ainda Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, e em seguida participa de um ato público no centro da capital gaúcha.