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Política

Em ato, Ciro usa chapéu de Brizola e faz saudação à maneira de Vargas

Estadão Conteudo

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Ao receber apoio de quatro das maiores centrais sindicais do País, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, incorporou o personagem do trabalhismo histórico na fala e nos acessórios do vestuário. Na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais de São Paulo, ligado à Força Sindical, Ciro iniciou o discurso aos "trabalhadores do Brasil". A expressão, admitiu, era a mesma utilizada pelo ex-presidente Getúlio Vargas, pai do trabalhismo nacional.

Na fala, o candidato pedetista fez uma defesa enfática contra a reforma trabalhista, a emenda constitucional que estabeleceu o teto dos gastos e as reformas propostas pelo governo de Michel Temer. A plateia de sindicalistas o ovacionou diversas vezes.

"Acho que a vitória está se garantindo aqui", disse Ciro. "Desta vez eu vou dar a vitória a vocês da Força", afirmou, em referência à eleição de 2002, quando o vice era o atual deputado federal Paulinho da Força, presidente licenciado da central sindical.

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A certa altura, quando Ciro falava do potencial mineral do Brasil, uma das pessoas da plateia gritou "e o nióbio?". Ciro respondeu que isso é "negócio do (Jair) Bolsonaro".

Posteriormente, o presidente interino da Força Sindical, Miguel Torres, deu a Ciro Gomes o chapéu que o fundador do PDT, Leonel Brizola, utilizou na última vez que foi ao prédio. Ciro pousou para fotos com o acessório e recebeu elogios de Torres.

"Nós estamos do lado certo. Nós saudamos a coragem do Ciro de ser o primeiro candidato a falar que iria revogar a reforma trabalhista", disse.

A busca pelo apoio da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Nova Central Sindical e da Confederação dos Sindicatos Brasileiros (CSB) ocorre para fazer frente ao suporte que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) faz à candidatura de Fernando Haddad (PT).

O petista foi inclusive mencionado pelo secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

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"Nós trabalhadores temos a sorte de que, pela esquerda, há dois candidatos que estão bem. O companheiro Haddad, com a CUT, e o Ciro, que tem o nosso apoio. Mas nós não vamos pelo Datafolha ou pelo Ibope. Vamos com Ciro", afirmou.

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