/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Ciro ataca Bolsonaro, xinga Doria e diz que não é 'vesgo à esquerda'

Estadão Conteudo

audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Em discurso para uma associação de aposentados e pensionistas em Jundiaí (SP), neste domingo, 2, o candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, atacou o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e xingou o candidato ao governo de São Paulo João Doria (PSDB). Ao defender propostas de seu programa de governo, Ciro afirmou que Bolsonaro quer se beneficiar ao falar sobre valores cristãos e chamou João Doria de "vagabundo" e "nojento".

Enquanto Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto no cenário em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é apresentado como candidato, Doria está à frente nas sondagens para o governo paulista. Em São Paulo, o PDT lançou a candidatura do ex-prefeito de Suzano Marcelo Cândido para o Palácio dos Bandeirantes.

Ciro tentou descolar seu discurso da chamada extrema esquerda ao defender uma união do País. "Esse país está doente, está muito doente. Porque algum pode pensar, e querem fazer isso comigo, que eu tenho olho vesgo, que eu sou da esquerda, que eu só vejo o lado do pobre, que eu não sei que o País precisa se unir. Não, não, esse aí é outro", disse Ciro, enfatizando que o seu desejo era "encerrar essa luta odienta de coxinhas e mortadelas".

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Ao falar sobre Bolsonaro, o pedetista disse que "ideia da decência" não pode ser vantagem e que o discurso de "cristão" e "família" não pode superar a discussão sobre o modelo de economia para o Brasil. "O Paulo Guedes (assessor econômico de Bolsonaro) propõe formalmente privatizar Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica", citou.

Ele ainda fez referências ao discurso do candidato do PSL conta a descriminalização do aborto. "Ninguém toca no assunto, chega eleição começa o debate para que o miserável evangélico, o pobre católico, o paupérrimo neopentecostal vote por ódio, por valores secundários e não entenda o elefante do circo", disse Ciro, ao comparar o eleitoral como um elefante de circo que "levanta a patinha quando o domador faz o sinal."

Doria

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, foi alvo das críticas mais agudas de Ciro em seu discurso em Jundiaí. Os comentários sobre o tucano foram feitos após o pedetista ter encerrado sua fala em um ato organizado por militantes e pedir para falar novamente porque havia esquecido de citar os candidatos de seu partido no Estado.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Ciro acusou Doria de, enquanto presidente da Embratur no governo José Sarney, ter defendido um projeto que levaria turistas para presenciar a seca no Nordeste. "Esse vagabundo era presidente da Embratur e anunciou uma linha de turismo para o povo rico do estrangeiro e do Brasil ir ver a seca no Nordeste. Então nós temos muita raiva dele porque é uma pessoa que não respeita o mínimo da dignidade humana", disse Ciro, afirmando que o tucano "enganou" a população da capital paulista. "Isso é um nojento, acreditem em mim."

Candidato do PDT ao governo de São Paulo, Marcelo Cândido afirmou em seu discurso que Doria é o adversário a ser batido na campanha eleitoral. "João Doria é o adversário que vamos bater nas urnas porque as pessoas vão o conhecendo melhor", declarou o candidato, que também acusou o tucano de ter incentivado o "turismo da seca" quando presidiu a Embratur.

SPC

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

Na agenda de campanha, Ciro usou sua proposta de limpar o nome de brasileiros endividados no SPC e na Serasa como a principal bandeira. O programa foi aclamado por militantes que, a cada referência à ideia, gritavam "SPCiro!". Após o discurso, o candidato garantiu em entrevista à imprensa que sua proposta é factível. "Isso é perfeitamente praticável e sou um homem muito sério. Nunca ninguém me viu apanhado em não honrar minha palavra. É só perguntar a quem me conhece", insistiu.

A proposta do candidato prevê que um grupo de devedores assuma a dívida de uma pessoa que venha a aderir ao programa de refinanciamento e eventualmente não pague as parcelas. Pela programa de Ciro, o governo federal vai organizar os devedores em grupos de cinco a dez pessoas em um sistema chamado "aval solidário". "Se uma pessoa do grupo não pagar a sua prestação, os outros membros se responsabilizam pelo pagamento", diz a cartilha feita pela campanha do candidato para explicar a ideia.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_06

Neste domingo, Ciro negou que o modelo de avalistas seja "pegadinha" para o consumidor. Ele argumenta que o Banco do Nordeste tem um modelo parecido em que a inadimplência é de 1,4% por ano. Para ele, o "aval solidário" é necessário porque as pessoas pobres não tem bens para dar em garantia na negociação.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.