Temer convida líderes para café da manhã para 'mostrar avanços na economia'
Brasília - O presidente Michel Temer convidou líderes da base aliada no Congresso Nacional para um café da manhã nesta quarta-feira, 13, no Palácio da Alvorada. Segundo o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA), a pauta oficial do encontro será "mostrar os avanços do governo na economia".
A reunião ocorre em meio à possível apresentação pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de uma segunda denúncia contra Temer. Como vem mostrando o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, Janot deve enviar uma nova acusação contra o presidente até o fim desta semana, que será a última dele no cargo. O mandato dele termina no domingo, 17 de setembro.
Ministros do núcleo político e da equipe econômica também devem participar do encontro. De acordo com Rocha, os líderes foram informados de que os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, participarão do café da manhã.
Relatório
Janot deve apresentar a denúncia com base em relatório da Polícia Federal enviado nessa segunda-feira, 11, ao Supremo Tribunal Federal sobre o chamado "quadrilhão" do PMDB da Câmara. O documento aponta indícios de que Temer recebeu R$ 31,5 milhões de vantagens por participar de suposta organização criminosa que atuou na Petrobras e governos petistas.
Sem citar diretamente o relatório da PF e nem o imbróglio envolvendo a delação dos executivos da JBS, que baseou a primeira denúncia contra Temer, o Palácio do Planalto soltou no final desta manhã de terça-feira, 12, uma dura nota à imprensa para rechaçar as acusações contra o presidente da República.
A nota não cita nominalmente o empresário Joesley Batista, dono da JBS, preso no domingo, 10, após indícios de que mentiu na delação em que implicou Temer, e afirma que "facínoras roubam do país a verdade".
"Bandidos constroem versões por ouvir dizer a lhes assegurar a impunidade ou alcançar um perdão, mesmo que parcial, por seus inúmeros crimes. Reputações são destroçadas em conversas embebidas em ações clandestinas", diz o texto.