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Política

Texto de anistia à caixa 2 foi motivado por delações de empresários, diz Valente

O tema dominou a discussão do colegiado, que aprovou um requerimento para que o vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino venha à comissão para falar sobre a criminalização do caixa 2

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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s declarações do líder do PSOL aconteceram durante uma audiência da comissão especial da Câmara Foto: ​Divulgação
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O líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), afirmou que a tentativa de votar um projeto de lei que poderia anistiar a prática de caixa 2 em campanhas tem a ver com o fato de empresários de grandes empreiteiras estarem negociando delações premiadas no âmbito da Operação Lava Jato.

"Quem vai acreditar que não se quer livrar a cara de todos? Bem na hora em que as duas maiores empreiteiras do País negociam delação, a OAS e a Odebrecht, e têm uma mega lista de parlamentares implicados, o Congresso vem e quer passar uma borracha geral nisso?", afirmou.

Segundo Ivan Valente, o projeto só não foi votado na noite de segunda-feira, 19, porque houve "uma grita dos deputados que ainda têm juízo". "Eu não pensei que pudéssemos chegar a tanto. Nós não tivemos acesso ao relatório. Esse projeto não tem paternidade. Foi gestado tanto por gente do governo quanto da oposição", disse.

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As declarações do líder do PSOL aconteceram durante uma audiência da comissão especial da Câmara que debate o pacote de dez medidas anticorrupção proposto pelo Ministério Público Federal. O tema dominou a discussão do colegiado, que aprovou um requerimento para que o vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino venha à comissão para falar sobre a criminalização do caixa 2 em campanhas.

Delações

A delação de empresários da Odebrecht, incluindo o dono da empreiteira, Marcelo Odebrecht, está na fase final. Em março, uma planilha com a indicação de pagamentos feitos pela Odebrecht a políticos foi encontrada pela força-tarefa da Operação Lava Jato. A lista trazia pelo menos 279 nomes ligados a 24 partidos políticos.

A delação da OAS também deve ser retomada após a Procuradoria-Geral da República determinar a suspensão das negociações em agosto, depois de informações sobre o acordo vazarem para a imprensa.

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