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Política

"O que eles pensam sobre...": Maioria dos candidatos ao Governo do Estado é contra a legalização da maconha

Camila Valadão e Mauro Ribeiro apoiam a legalização da maconha. Já Paulo Hartung, Renato Casagrande e Roberto Carlos são contra a proposta

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O Folha Vitória propôs aos candidatos ao Governo do Estado a responderem na série “O que eles pensam sobre...”, a opinião deles sobre os temas mais polêmicos discutidos durante a campanha eleitoral**. Nesta quarta-feira (17) a discussão gira em torno da legalização da maconha.

Na última sexta-feira (12) os candidatos responderam sobre a redução da maioridade penal. Nesta segunda, os concorrentes ao Palácio Anchieta emitiram a opinião deles sobre a união estável homoafetiva. Na terça-feira (16) eles responderam o que acham dos atos de vandalismos registrados durante os protestos

A campanha pela legalização da maconha ganhou força a partir das décadas de 1980 e 1990,  apoiada por artistas e alguns políticos.

No Brasil, não existe mais a pena de prisão para o consumo ou posse de pequena quantidade de drogas para uso pessoal, inclusive a maconha. O artigo 28 da lei nº 11.343/2006,25 de  2006 prevê novas penas para os usuários de drogas. As penas previstas são: advertência sobre os efeitos das drogas; prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 

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Camila Valadão (PSOL): A questão das drogas envolve questões diversas, como saúde, segurança pública e valores morais. Hoje, estão enxugando gelo – a diversidade de drogas aumenta, as quadrilhas estão cada vez mais armadas, o consumo se multiplica. Além disso, a guerra às drogas cumpre um papel ideológico em nossa sociedade, servindo de pretexto para o massacre sistemático de pobres. Ela não consegue impedir a existência do mercado de drogas, e sim provoca a existência do mercado ilegal, desregulamentado e fora de controle, que serve para enriquecer as organizações criminosas no mundo inteiro. Além disso, cria uma armadilha para a juventude que vê no tráfico uma possibilidade de sobrevivência. É hoje a principal fonte de encarceramentos no Brasil e em várias partes do mundo. Por isso, a regulamentação deveria seguir dois princípios: um, o direito de todo indivíduo de ter autonomia sobre o seu corpo. O segundo é que o Estado regulamente o mercado de drogas

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Mauro Ribeiro (PCB):  Defendemos a legalização da maconha com controle estatal, uma vez que a criminalização imposta atualmente pelo poder publico penaliza sobremaneira o usuário, favorece a corrupção policial, e é um grande incentivo ao crime organizado.  

Paulo Hartung (PMDB): Sou contra a legalização do uso da maconha. As experiências demonstram que houve sérios problemas de saúde pública onde houve liberação. Em nosso governo investimos na educação e na formação de nossos adolescentes e jovens. A educação e o fortalecimento dos laços familiares são importantes aliados na prevenção dessa questão que aflige tantas famílias.

Renato Casagrande (PSB): A descriminalização pode levar ao aumento do consumo de outras drogas. É preciso criar oportunidades para evitar que nossos os jovens caiam nessa armadilha e também adotar medidas eficazes de prevenção e combate ao tráfico. Criamos, há um ano a Rede Abraço, que tem possibilitado ampliar a oferta de serviços de acolhimento, cuidado, orientação e apoio para usuários de drogas e suas famílias.  

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Roberto Carlos (PT): Inicialmente não sou favorável à legalização da maconha.  Mas a decisão precisa ser melhor discutida com a sociedade, especialmente se avaliarmos a questão do tráfico, um dos maiores causadores de morte, principalmente de jovens. Ela reduziria a criminalidade? Ampliaria ainda mais o número de usuários? O Senado iniciou um debate nesse sentido. Precisamos acompanhar e contribuir.

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**Cada candidato foi convidado a apresentar sua opinião em até 1.000 caracteres (cerca de 20 linhas). Ficou a critério de cada candidato usar todo o espaço disponível ou não. A produção do Folha Vitória apresenta as respostas enviadas na íntegra, sem edição. 

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