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Política

Sob pressão, Alckmin revê estratégia nas redes sociais

Tucanos e aliados admitem reservadamente que a campanha ainda não encontrou uma narrativa nas redes sociais

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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As redes sociais da campanha tucana serão assumidas pelo jornalista Alexandre Inagaki (Foto/reprodução)
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As mais recentes pesquisas sobre a eleição presidencial que mostram Geraldo Alckmin, candidato do PSDB, ainda no patamar de um dígito das intenções de voto pressionam a equipe de comunicação da campanha e causaram a primeira baixa no time do tucano. Responsável pela área digital, o publicitário Marcelo Vitorino foi retirado do cargo na quinta-feira, 23.

Tucanos e aliados admitem reservadamente que a campanha ainda não encontrou uma narrativa nas redes sociais para "desconstruir" o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e alavancar Alckmin.

Bolsonaro lidera as sondagens no cenário sem a presença de Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Lava Jato e registrado como candidato do PT.

As redes sociais da campanha tucana serão assumidas pelo jornalista Alexandre Inagaki. A área é considerada elemento-chave na campanha de Alckmin por ser uma arena na qual Bolsonaro tem a presença mais consolidada.

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No Facebook, por exemplo, o candidato do PSL possui 5,5 milhões de seguidores; Lula tem 3,7 milhões e Alckmin, 912,6 mil.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o candidato do PSDB está insatisfeito com a ação nas redes sociais e que Vitorino também se desentendeu com membros da equipe do marqueteiro Lula Guimarães.

Dirigentes de siglas do Centrão - grupo formado por DEM, PP, PR, Solidariedade e PRB - também estão incomodados e disseram a Alckmin que a campanha precisa mudar e expor fragilidades e contradições de Bolsonaro.

Na avaliação do bloco, as mídias sociais do candidato estão muito "burocráticas" e não atraem eleitores.

A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada na segunda-feira, mostrou Alckmin com 7% das intenções de voto no cenário sem Lula.

Bolsonaro lidera com 20%, Marina Silva (Rede) tem 12% e Ciro Gomes (PDT), 9% - o resultado fez as campanhas reverem suas estratégias, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo. Já na pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira, Alckmin apareceu com 9% das intenções de voto no cenário sem Lula.

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Bolsonaro está na frente do ex-governador no Estado de São Paulo e avança sobre o eleitorado tucano. Nesta semana o candidato do PSL iniciou um périplo no interior paulista, tradicional reduto do PSDB - na quarta-feira, vinculou Alckmin à Lava Jato.

A campanha de Alckmin ainda testa a melhor forma de atacar Bolsonaro. Embora haja a convicção da necessidade de se iniciar o quanto antes uma ofensiva contra o rival, o diagnóstico é o de que todo o cuidado é pouco para não perder apoio.

A avaliação na campanha é que o PT tem uma vaga garantida no segundo turno e que Alckmin é o candidato com mais estrutura e narrativa para disputar com os petistas.

A resiliência de Bolsonaro nas pesquisas, contudo, causa apreensão no comitê alckmista. A ideia é usar parte das 12 inserções diárias de 30 segundos a que o PSDB tem direito na TV para atacar o candidato do PSL. A "dose" pode aumentar dependendo do resultado.

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Parte do entorno de Alckmin defende que o próprio candidato adote um tom mais agressivo e direto contra Bolsonaro, mas outra corrente advoga a tese que o ideal é preservá-lo e usar apenas os comerciais para a "propaganda negativa".

Vitorino minimizou sua saída. "Isso já estava combinado desde o primeiro momento."

Após ser procurado pela reportagem, Lula Guimarães fez uma postagem dizendo que Vitorino "foi promovido" para a área de mobilização. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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