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Política

Lava Jato e corrupção são destaque no 1º debate em SP

A Operação Lava Jato e investigações sobre corrupção foram usadas pelos candidatos a governador de SP nos embates travados durante o 1° debate desta eleição

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Durante o debate, as propostas foram coadjuvantes nos temas levantados pelos candidatos (Foto/reprodução)
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Praticamente ausentes do evento que reuniu na semana passada os presidenciáveis, a Operação Lava Jato e investigações sobre corrupção foram usadas pelos candidatos a governador de São Paulo nos embates travados durante o primeiro debate desta eleição, realizado pela TV Band na noite de ontem. O encontro durou pouco mais de duas horas e reuniu sete candidatos: João Doria (PSDB), Paulo Skaf (MDB), Márcio França (PSB), Rodrigo Tavares (PRTB), Marcelo Cândido (PDT), Luiz Marinho (PT) e Lisete Arelaro (PSOL).

Durante o debate, as propostas foram coadjuvantes nos temas levantados pelos candidatos e Doria - representante do partido que governou o Estado por quase 24 anos em seguidas gestões - foi o mais provocado pelos adversários. O tucano lidera as pesquisas de intenção de voto em empate técnico com Skaf. No momento mais acalorado do evento, Doria polarizou uma troca de ataques ácidos com Marinho.

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O petista questionou o candidato do PSDB sobre o fato de ele ter renunciado ao cargo de prefeito da capital, afirmou que o tucano apresenta baixa avaliação em São Paulo (conforme a mais recente pesquisa Ibope, na capital, o ex-prefeito chegou a 52% de rejeição) e tentou associá-lo ao governo do presidente Michel Temer.

Na resposta, Doria questionou o petista sobre a ética na política e citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Lava Jato. "Quero lembrar que o senhor é réu lá em São Bernardo na construção de um museu que o senhor fez gastando milhões de reais em homenagem a Lula. Custou milhões e não ficou pronto. O senhor também recebeu (sic) delação premiada de executivos da Odebrecht, onde o senhor intermediou repasses de caixa 2 para seu partido, o PT", disse o tucano, que citou também supostos repasses da OAS em "um esquema de corrupção" para o ex-prefeito petista.

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Marinho rebateu relacionando alvos de investigações que envolvem o PSDB. "Importante o senhor lembrar onde anda Denise Abreu (ex-diretora do Departamento de Iluminação Pública de São Paulo, alvo de investigação), onde anda Paulo Preto (Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, acusado de desvio de dinheiro público durante governos do PSDB), onde anda Laurence Lourenço Casagrande (ex-secretário de Geraldo Alckmin)."

"Candidato do PT, quero saber onde anda Lula? Preso em Curitiba e respondendo processo. E ficará preso por 12 anos. Onde anda Zé Dirceu? Com tornozeleira eletrônica", disse o tucano na tréplica.

Em suas considerações finais, Marinho voltou a atacar o rival tucano. "O Doria podia explicar as contas na Suíça do PSDB, podia explicar por que o Alckmin ontem (anteontem) entrou pelos fundos para prestar depoimento no Ministério Público, podia explicar as malas de dinheiro do Aécio (Neves), que foi presidente do seu partido."

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Em sua vez, Doria protestou contra Marinho pelo que chamou de a "forma desrespeitosa" com que ele se referiu a Bia Doria, mulher do tucano, citada pelo petista. Doria ainda defendeu o candidato à Presidência de seu partido. "Não compare Geraldo Alckmin com Lula. Lula está preso e Geraldo Alckmin está fazendo uma grande campanha."

No bloco anterior, quando jornalistas faziam perguntas aos candidatos, o tucano e Márcio França protagonizaram embate sobre uma lei sancionada pelo governador que limita a caça do javali no Estado. O candidato do PSB disse que não proibiu a caça dos animais no Estado, já que a lei foi aprovada pela Assembleia Legislativa, e afirmou ser contrário a este tipo de abate. Doria disse que França teria mudado de posição. França foi para o ataque, afirmando que "quem muda de ideia constantemente" era o candidato tucano. "Quarenta e três vezes você prometeu para mim e para todos os paulistanos que você cumpriria o seu mandato", disse ele.

'Farinata'

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No primeiro bloco do debate, Doria - que contava com uma claque participativa no estúdio - precisou responder a críticas sobre a gestão tucana na área da segurança e foi provocado também sobre uma questão sensível de sua gestão na Prefeitura de São Paulo: a adoção da farinata - composto produzido a partir de alimentos próximos ao vencimento - na merenda de escolas municipais de São Paulo.

Doria foi questionado pelo candidato do PDT sobre a importância da segurança alimentar para a saúde pública da população. Após o tucano listar suas propostas, entre elas a aplicação no Estado do programa municipal Corujão da Saúde, Cândido lembrou da tentativa de adotar a farinata na merenda escolar, chamado pelo pedetista de "ração humana".

"A farinata era um projeto da Cúria Metropolitana de São Paulo, a mesma que a doutora Zilda Arns com muito brilho fez e realizou durante toda a sua vida enquanto esteve aqui entre nós", respondeu Doria, que outubro passado, ainda na cadeira de prefeito, desistiu do uso do composto após críticas de especialistas e de questionamento do Ministério Público Estadual.

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No tema segurança, Skaf, Marinho e a candidata do PSOL criticaram a gestão da segurança pública no Estado. O ex-prefeito da capital prometeu "padrão Rota" nas forças de segurança, com "polícia na rua e bandido na cadeia". "O PSDB governa o Estado há 24 anos. Não fez nada disso nesses 24 anos. Será que vai fazer agora? A polícia não garante a segurança da população", reagiu o candidato petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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