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Política

Infidelidade nos Estados atinge mais Alckmin e Meirelles

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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A definição do quadro de candidatos na disputa eleitoral começou a revelar a formação de palanques informais e casos de traição aos presidenciáveis nos Estados, com potencial de prejudicar concorrentes de dois dos maiores partidos - Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB). Na tentativa de atrair espaço nas bases das duas siglas estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato, e o deputado Jair Bolsonaro (PSL), líderes nas pesquisas de intenção de voto.

Um caso emblemático é o do governador tucano do Mato Grosso, Pedro Taques. Em campanha pela reeleição, ele avisou que irá ao aeroporto de Cuiabá recepcionar tanto Alckmin quanto Bolsonaro. Taques costurou aliança com a juíza aposentada Selma Arruda (PSL), a "Bolsonaro de saia", como é chamada em Mato Grosso, que será candidata ao Senado. "Haverá palanque para os dois", disse Taques.

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Entre os "traidores" declarados de Meirelles está o governador de Alagoas, Renan Filho, que fez campanha interna no MDB contra ele e já avisou que não está disposto a recebê-lo no Estado. O governador declara voto em Lula ou em outro candidato que venha substituir o ex-presidente. Renan Filho é favorito à reeleição, tendo suporte do PT.

Levantamento feito pelo jornal o Estado de S. Paulo identificou dez casos em nove Estados e no Distrito Federal. Foram considerados "palanques informais" aqueles em que o candidato a governador lançado por um partido oferece apoio ou declara voto em um candidato à Presidência não coligado com sua legenda.

O potencial para traições existe porque não há no Brasil a regra da verticalização das coligações. Por isso, os partidos não são obrigados a reproduzir a aliança nacional nas demais unidades da federação. As siglas podem selar acordo no plano presidencial e, ao mesmo tempo, rivalizar na disputa de cargos majoritários de um determinado Estado.

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No Pará, Meirelles tem apoio declarado do candidato do MDB ao governo estadual, Helder Barbalho, mas o palanque incluirá ao menos 17 siglas. Com a maior aliança destas eleições, o ex-ministro da Integração Nacional disse que a receita para compatibilizar grande número de legendas é "respeitar" as relações dos aliados com seus candidatos ao Planalto. "Construímos uma aliança que respeita o projeto nacional de cada partido."

Ministro do governo Dilma Rousseff, Helder minimiza a possibilidade de associar a campanha ao candidato petista para angariar votos. "Eu tive oportunidade de ter sido ministro do Pará."

O MDB do Maranhão é outro que pode frustrar Meirelles. Tentando retomar o poder, o clã Sarney lançou a ex-governadora Roseana Sarney ao Palácio dos Leões. Ela faz defesa pública de Lula, embora o PT esteja aliado a seu rival, o atual governador, Flávio Dino (PCdoB).

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O ex-presidente José Sarney, pai de Roseana, compareceu à convenção que homologou a candidatura de Meirelles, mas esquivou-se de responder sobre sua empolgação com a candidatura do ex-ministro.

O Planalto cobrou que os candidatos do MDB empunhem a bandeira de Meirelles. No entanto, como a direção nacional não reservou recursos públicos para os governadores aplicarem nas respectivas campanhas, a cúpula perdeu força para exigir empenho de quem flerta com a oposição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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