/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Consultor de plano de segurança deixa campanha de Doria

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

O ex-secretário nacional de Segurança Pública e coronel reformado da Polícia Militar paulista José Vicente da Silva Filho deixou a campanha do ex-prefeito João Doria (PSDB) ao governo de São Paulo por considerar uma "falha grave" a promessa do tucano de ampliar de cinco para 22 o número de batalhões especiais no Estado, formados por policiais da tropa de elite da PM.

Silva Filho integrava um grupo com 22 pessoas, entre policiais militares, delegados e especialistas, que elabora o plano de segurança do programa de governo de Doria.

Segundo o coronel, a promessa de aumentar os batalhões especiais não estava sendo discutida no grupo e não resolverá o problema de criminalidade em São Paulo, centrado hoje nos crimes patrimoniais (roubo e furto). "Ninguém sabe de onde veio essa ideia que o Doria tem defendido com tanta ênfase", afirmou Silva Filho, que também atua como consultor na área no programa de governo do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) - posto que manterá.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

"O discurso (de Doria) pode ser interessante do ponto de vista do marketing político, mas tem de ser calcado em dados concretos. Ampliar unidade especial constitui uma falha grave e não leva à melhoria da segurança. Não foi assim que Bogotá, Nova York reduziram significativamente a criminalidade. O Rio de Janeiro tem excesso de unidade especializada e a segurança lá é uma tragédia", disse.

O coronel afirmou que desde que soube da ideia de Doria, há cerca de 15 dias, se manifestou contra e tentou demover o tucano da ideia. Mas no dia 31, Doria repetiu a promessa em uma entrevista à Rádio Jovem Pan.

"Temos cinco batalhões especiais da PM no Estado. Vamos para 22, já a partir do próximo ano. São policiais militares da Rota, são os mais preparados, os mais municiados, que atuarão no interior. E vão atuar com armas de primeiro mundo, vamos proteger o que é melhor, que é a vida das pessoas", afirmou o candidato.

Conceito

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Segundo Silva Filho, o grupo discutia o conceito de "fortalecimento da polícia territorial" (batalhões e delegacias), integração entre as polícias Civil e Militar, e aprimoramento da inteligência policial. "São esses conceitos de segurança nos quais acredito e que vi funcionar em várias cidades que visitei pelo mundo", disse. "Não sou contra o Doria, acho que ele pode ser um bom governador. Mas essa ideia que ele está apresentando é completamente equivocada, indefensável. Desafio qualquer um a debater comigo."

Em nota, a assessoria de Doria afirmou que o tucano "respeita a opinião do coronel" porque ele é "que ele é um dos maiores conhecedores da área de segurança, mas não o único". A nota diz que Doria "decidiu não ignorar a proposta feita por outros membros do grupo de trabalho para estender os cinco Baep's (Batalhões Especiais), que foram criados na gestão Alckmin e tem atuado com efetividade no combate ao crime".

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

"Levar os Baeps para regiões do Estado que ainda não contam com esse tipo de policiamento ostensivo é um anseio da população e significa, por consequência, expandir o padrão Rota de policiamento. Houve um aumento no tipo de ocorrências de crimes graves no interior do Estado, como assaltos a caixas eletrônicos e transporte de valores", conclui.

Segundo o deputado estadual Coronel Camilo (PSD), ex-comandante da PM em São Paulo e integrante do grupo de segurança da campanha de Doria, a ampliação dos batalhões foi discutida internamente e é necessária para combater crimes como assalto a carro-forte e caixa eletrônico de bancos, nos quais quadrilhas especializadas costumam usar armamentos pesados.

"Isso não quer dizer que estamos deixando a prevenção de lado. Mas a polícia precisa ter força de reação rápida e proporcional ao tipo de crime a ser combatido", disse Camilo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.