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Política

STJ nega novo pedido de Lula contra Sergio Moro

O juiz condenou Lula a 12 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex

Redação Folha Vitória
audima
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O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou um novo pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para declarar a suspeição do juiz Sérgio Moro nos casos da Operação Lava Jato que o envolvem. Fischer não conheceu habeas corpus da defesa do ex-presidente, ratificando decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). As informações foram divulgadas no site do STJ (habeas 398570).

Moro condenou Lula a 12 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP). O petista recorreu. O juiz ainda mantém outros dois processos criminais contra Lula.

Ao negar o novo pedido da defesa, o ministro assinalou que "não há ilegalidade na decisão do TRF-4, já que o meio processual escolhido não é adequado para o exame de eventual suspeição do juiz ou para analisar suposta incompetência da 13ª Vara Federal em Curitiba".

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Fischer destacou que o ponto central da controvérsia - a eventual suspeição de Moro - já foi apreciado pelo juiz e também pelo TRF-4, "não sendo reconhecida a suspeição do magistrado".

Assim, segundo o relator, o TRF-4 "decidiu corretamente ao rejeitar o pedido da defesa de analisar novamente a questão em sede de habeas corpus".

Fischer lembrou que a questão está pendente de análise, ainda, em três agravos em recurso especial interpostos pelo ex-presidente no STJ, sendo que é nestes recursos que a questão deve ser analisada.

A defesa apontou a postura do juiz durante audiências de instrução na ação penal a que o ex-presidente responde na Lava Jato como "fatos novos" que permitiriam nova análise da matéria e demonstrariam a "parcialidade do magistrado na condução dos processos".

O ministro disse que estes "novos fatos" teriam que ser discutidos primeiramente perante as instâncias inferiores, razão pela qual não podem ser analisados diretamente pelo STJ.

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Fischer afirmou, ainda, que tais fatos estariam relacionados à atividade jurisdicional, não sendo causa de suspeição. Eventuais equívocos, segundo o ministro, possuem meio processual próprio para correção.

Outra questão levantada pela defesa e rejeitada tanto no TRF-4 quanto no STJ foi a análise da suposta incompetência da 13ª Vara Federal em Curitiba para processar o ex-presidente por fatos que teriam ocorrido no exercício do cargo, em Brasília.

"Em relação à incompetência do juízo, é sabido que deve ser arguida por meio de exceção e não através de habeas corpus, e somente cabe recurso quando houver acolhimento do pedido e declinação para o juízo competente", observou o ministro relator.

Felix Fischer destacou, ainda, que "a complexidade da matéria exigiria ampla incursão nas provas para se verificar a alegada incompetência, o que não se admite através de habeas corpus, já que a prova da suposta ilegalidade deve vir demonstrada de plano, o que não ocorreu".

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