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Política

Prefeito de Itapemirim é denunciado por caixa 2 e desvio de dinheiro da campanha

Luciano Paiva e outras três pessoas foram denunciados pela Procuradoria Regional Eleitoral no Espírito Santo pelo cometimento de quatro crimes

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O prefeito de Itapemirim, Luciano de Paiva, foi novamente afastado do cargo pela Justiça Foto: ​
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O prefeito de Itapemirim e candidato à reeleição, Luciano Paiva (PROS), foi denunciado pela Procuradoria Regional Eleitoral no Espírito Santo (PRE/ES), junto com outras três pessoas.

Eles são acusados pelos crimes de falsidade material eleitoral, falsidade da prestação de contas, apropriação indevida de bem alheio e associação criminosa, que teriam sido cometidos nas Eleições de 2012. Caso condenado, o atual chefe do Executivo pode pegar 10 anos de prisão e perder o cargo eletivo.

Além de Luciano Paiva, foram denunciados um primo do prefeito e o tesoureiro e administrador responsável pela campanha de Luciano que, inclusive, chegou a exercer o cargo de secretário Municipal de Finanças durante parte da gestão. Os três atuavam diretamente nas contratações relacionadas à campanha eleitoral.

A Procuradoria também quer os denunciados sejam obrigados a devolver R$ 40 mil reais que teriam sido apropriados de forma indevida da conta de campanha.

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De acordo com a denúncia da PRE/ES, Os primeiros crimes cometidos pelos denunciados foram as falsificações de duas notas fiscais, de modo consciente e voluntário, apresentadas à Justiça Eleitoral na prestação de contas de Luciano Paiva.

A primeira delas, datada de 01/08/2012, foi falsificada no valor de R$ 12 mil. A empresa deveria ter feito a produção gráfica da campanha de Luciano, mas o próprio dono do estabelecimento admitiu que nenhum tipo de serviço foi prestado. O dinheiro, segundo a ação, foi transferido para a conta bancária “Eleição 2012 Luciano”.

A segunda nota fiscal falsa foi emitida pela mesma empresa no valor de R$ 28 mil, no dia 08/10/2012 (um dia após o pleito eleitoral daquele ano), com data retroativa a 20/09/2012. O dinheiro (R$ 27.988,00) foi imediatamente sacado da conta da campanha, pelo que narra a denúncia. A quantia foi entregue em mãos e em espécie a um dos denunciados e, mais uma vez, o dono da empresa que falsificou a nota afirmou que os serviços não foram prestados. 

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A criação de gastos de campanha inexistentes pelos denunciados, falsificando notas fiscais, com objetivo de regularizar a movimentação financeira que seria apresentada à Justiça Eleitoral, configura crime previsto no artigo 348 do Código Eleitoral.

Além disso, a denúncia da PRE/ES afirma que por duas vezes, de modo consciente e voluntário, os quatro denunciados se apropriaram de recursos arrecadados pela campanha de Luciano que deveriam ter sido destinados a custear sua candidatura. 

O inquérito policial apurou ainda que parcela considerável da movimentação financeira da campanha de Luciano Paiva foi omitida dos autos de prestação de contas apresentada pelo prefeito no dia 6 de novembro de 2012 ao juízo da 22ª zona eleitoral.

O procurador Regional Eleitoral no Espírito Santo, Carlos Vinicius Cabeleira, alerta para o fato de que, se houve o pagamento de despesas, certamente houve captação de recursos para tanto. “E isso também não foi declarado”, destaca.

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Entre as despesas que deixaram de ser incluídas na prestação de contas do prefeito de Itapemirim o procurador destaca o gasto com combustíveis, tendo em vista que um dos talões utilizados para controle do abastecimento de veículos não foi apresentado, na considerável quantia de 500 litros de combustível. Conclui-se uma omissão de gastos da ordem de R$ 1,5 mil, pelo menos.

Também foram omitidos, de acordo com a PRE/ES, gastos com a contratação de veículos, despesas com pessoal, incluindo cabos eleitorais, publicidade e divulgação com placas e carro de som.

O prefeito Luciano paiva foi procurado pela reportagem, mas as chamadas telefônicas não foram atendidas por sua assessoria.

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