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Política

Moro determina que Zelada seja transferido para prisão estadual

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Sao Paulo e Curitiba - O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, autorizou nesta segunda-feira, 17, a transferência do ex-diretor de Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada, do ex-gerente da estatal Celso Araripe de Oliveira e o executivo da Andrade Gutierrez Flávio David Barra para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Os três estão presos na Custódia da Superintendência da Polícia Federal, na capital paranaense, e serão levados na manhã desta terça-feira, 18.

A transferência foi solicitada pela Polícia Federal. Os delegados alegaram que o espaço físico da carceragem era limitado e que chegam ao local, com frequência, novos presos em flagrante.

"De fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos. Tanto por isso autorizei, anteriormente, a remoção de outros presos relacionados à Operação Lava Jato para o Complexo Médico Penal, local que vinha atendendo satisfatoriamente às condições de custódia dos referidos presos provisórios", sustentou Moro.

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"Pelo que foi verificado anteriormente, ficarão em ala reservada, com boas condições de segurança e acomodação. Autorizo, assim, a remoção dos presos acima listados."

No Complexo Médico-Penal estão outros presos da Lava Jato. Foram transferidos para o presídio estadual, anteriormente, o presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e executivos ligados à empreiteira, o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e ex-dirigentes do grupo. Do grupo de agentes públicos estão os ex-diretores da Petrobras Renato Duque (Serviços) e Nestor Cerveró (Internacional).

Jorge Zelada é réu em uma ação penal na Lava Jato. Ele é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo o contrato do navio-sonda Titanium Explorer, da Petrobras.

Segundo a denúncia da Procuradoria da República, a propina acertada no contrato era de US$ 31 milhões, dos quais US$ 20,8 milhões teriam sido efetivamente pagos. A cota do PMDB, afirma o Ministério Público Federal, chegou a US$ 10 milhões em 2009. Zelada foi sucessor do ex-diretor Nestor Cerveró - preso desde 14 de janeiro - na diretoria Internacional, cota do PMDB no esquema de loteamento político na estatal.

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Cerveró e os lobistas Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano - operador do PMDB - e Julio Gerin Camargo foram condenados no processo que envolve a propina pelos dois navios-sonda que antecederam os contratados na gestão Zelada.

Outros transferidos

O executivo Flávio David Barra está sob suspeita de envolvimento em suposto esquema de corrupção na Eletronuclear. Flávio Barra foi citado em delação premiada de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa. De acordo com os investigadores, o delator afirmou que participou de reunião entre os vencedores da licitação de Angra 3 e que, na ocasião, teria sido solicitado a Flávio Barra uma 'contribuição' a determinados políticos.

Celso Araripe foi gerente de Implementação de Empreendimentos para Cabiúnas, em Vitória (ES). Ele era o responsável por diversos projetos, dentre eles o da construção do Prédio Administrativo da Petrobras na capital, segundo o Ministério Público Federal. Araripe é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Procuradoria afirma, em denúncia, que ele recebeu propina nas obras do edifício da estatal.

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