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Política

Presidente de Israel pede desculpas para Dilma

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - O presidente de Israel, Reuven Rivlin, telefonou na tarde desta segunda-feira para a presidente Dilma Rousseff para lhe pedir desculpas pelas declarações dadas pelo porta-voz da chancelaria, Yigal Palmor. Há duas semanas, ele classificou o Brasil de "anão diplomático" e disse que o País estava se transformando em "um parceiro diplomático irrelevante, que cria problemas em vez de contribuir para soluções".

Em resposta às afirmações, o Brasil chamou de volta ao País, para consultas, o embaixador em Tel Aviv, Henrique Sardinha Filho, o que causou irritação ao governo israelense que disse ter ficado "desapontado" com a atitude do governo brasileiro. Segundo nota sobre o telefonema distribuída pelo Palácio do Planalto, "o chefe de Estado israelense apresentou desculpas pelas recentes declarações do porta-voz de sua Chancelaria em relação ao Brasil" e "esclareceu que as expressões usadas por esse funcionário não correspondem aos sentimentos da população de seu país em relação ao Brasil".

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Os dois presidentes conversaram ainda sobre a grave situação atual na Faixa de Gaza, segundo a nota do Planalto. Dilma afirmou que o governo brasileiro "condenará e condena ataques a Israel, mas que condena, igualmente, o uso desproporcional da força em Gaza, que levou à morte centenas de civis, especialmente mulheres e crianças". Dilma fez questão ainda de reiterar "a posição histórica do Brasil em todos os foros internacionais de defesa da coexistência entre Israel e Palestina, como dois Estados soberanos, viáveis economicamente e, sobretudo, seguros".

O presidente de Israel, por sua vez, também de acordo com informação do Planalto, destacou que seu país estava defendendo-se dos ataques com mísseis que seu território vinha sofrendo.

Na conversa com o presidente israelense, Dilma disse que tem "esperança de que a continuidade do cessar-fogo e as negociações atuais entre as partes possam contribuir para uma solução definitiva de paz na região". Para Dilma, ainda conforme informou o Planalto, "a crise atual não poderá servir de pretexto para qualquer manifestação de caráter racista, seja em relação aos israelenses, seja em relação aos palestinos".

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Dilma lembrou ainda os "laços históricos que unem os dois países há várias décadas". Na semana passada, o Brasil já havia decidido que o embaixador do Brasil em Israel, Henrique Sardinha, deveria retornar nos próximos dias a Tel Aviv. O entendimento do Planalto era de que a convocação de Sardinha para consultas sobre a ofensiva israelense na Faixa de Gaza já cumpriu o gesto político que o governo federal queria fazer a Israel.

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