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Política

Janones sugere sem provas que atentado a Trump foi armação e relaciona com ataque a Bolsonaro

Postura de Janones, que integra a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, diverge do Palácio do Planalto

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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O deputado federal André Janones (Avante-MG) relacionou o ataque a tiros contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, ocorrido neste sabado, 14, com o atentado sofrido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha eleitoral de 2018 e disse que a "fakeada" fez escola. 

Leia também: Comício de Trump é interrompido após tiros nos Estados Unidos

O termo é usado para sugerir que o ocorrido em Juiz de Fora (MG) em 2018 foi uma armação, em uma suposição que já foi descartada pela Polícia Federal (PF).

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"Agora sabemos o que o miliciano [em referência pejorativa a Jair Bolsonaro] foi fazer nos EUA assim que deixou a presidência. É a ‘fakeada’ fazendo escola", afirmou Janones. Em outra postagem, o mineiro fez outra associação com o atentado de Juiz de Fora: "Pelo menos dessa vez lembraram de providenciar o ‘sangue’".

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A postura de Janones, que integra a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, diverge do Palácio do Planalto. Em nota oficial, o presidente afirmou que "o atentado contra Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política".

No dia 6 de setembro de 2018, Bolsonaro foi vítima de uma facada no abdômen desferido por Adélio Bispo de Oliveira. 

Desde que o atentado ocorreu, peças de desinformação sobre o caso circulam pela internet. Entre as suposições sem provas estão que o episódio foi uma armação e que não houve sangue após o ataque, o que é desmentido pela Polícia Federal (PF).

Aliados de Bolsonaro, por sua vez, também associaram a facada de 2018 com o atentado sofrido por Trump, mas para culpar a esquerda de promover violência política. Já se sabe que o atirador deste sábado foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos. Ele era registrado como eleitor republicano (o mesmo partido de Trump) na Pensilvânia.

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Trump foi retirado às pressas do palco, depois que tiros interromperam o comício em que ele discursava em Butler, na Pensilvânia. Ele tinha manchas de sangue visíveis na orelha quando foi levado pela equipe de seguranças. 

As autoridades americanas apuram o caso para saber, de fato, o que ocorreu. O atirador e um dos apoiadores do ex-presidente que participava do comício foram mortos, informou o promotor do Condado de Butler, Richard Goldinger.

O ex-presidente está bem. Na madrugada deste domingo, ele desembarcou em Nova Jersey e foi acompanhado por seguranças do Serviço Secreto dos EUA.

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