Investigada na Lava Jato, filha de Cunha pede a Moro devolução de passaportes
A defesa relatou que a investigação contra Danielle foi desmembrada de um inquérito que corria no Supremo Tribunal Federal
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A filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer viajar. Investigada na Operação Lava Jato, Danielle Dytz da Cunha Doctorovich pediu ao juiz federal Sérgio Moro a devolução de seus passaportes para ir ao exterior.
"A peticionária pretende realizar, ainda neste ano, viagem ao exterior para fins profissionais, razão pela qual necessita reaver seus passaportes, acautelados neste Juízo", requereu a filha de Eduardo Cunha, preso desde outubro de 2016 e já condenado por Moro a 15 anos e quatro meses de reclusão.
"Assim, tendo em vista o longo lapso temporal transcorrido desde o acautelamento dos passaportes, requer a peticionária sejam seus passaportes devolvidos, a fim de que possa viajar ao exterior, comprometendo-se, caso a viagem se concretize, a apresentar as respectivas passagens a este Juízo, tão logo sejam elas adquiridas."
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"Esclareça-se que o inquérito em questão foi instaurado contra a peticionária apenas em razão de ter ela figurado como dependente em cartão de crédito vinculado a conta estrangeira titularizada por sua madrasta", afirmou a defesa.
Cláudia, a madrasta, foi denunciada pelo Ministério Público Federal pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas, mas acabou absolvida por Moro.
O magistrado apontou 'falta de prova suficiente de que (Cláudia Cruz) agiu com dolo' ao manter conta na Suíça com mais de US$ 1 milhão, dinheiro supostamente oriundo de propina recebida pelo marido.
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"A peticionária, de fato, prestou esclarecimentos na Procuradoria da República do Paraná, não tendo sido denunciada pelo Ministério Público Federal", afirmou.